A Women’s Super League (WSL) segue movimentada, com debates sobre escalações e Atuações individuais ganhando força. No Arsenal, a situação de Kyra Cooney-Cross se tornou um ponto de atenção. Apesar de ter impressionado em participações pontuais na temporada passada, a jogadora australiana tem tido minutos limitados neste campeonato.






O dilema de Cooney-Cross no Arsenal
Após quatro jogos fora do banco, Cooney-Cross acumulou apenas 54 minutos como substituta nas três partidas seguintes. Sua entrada na derrota por 1 a 0 para o Brighton, mesmo com o adversário visivelmente cansado, chamou a atenção pela capacidade de condução de bola e aproximação ao ataque. A técnica do Arsenal, Jonas Slegers, reconheceu o impacto da jogadora: “Quando há uma queda na intensidade no jogo e o espaço aumenta, as jogadoras decisivas podem fazer um grande impacto, e foi exatamente isso que Kyra fez. Ela capitalizou os espaços e o cansaço da equipe adversária, jogou com muita confiança e intenção ofensiva, trazendo suas melhores qualidades à tona. Fiquei muito satisfeita.” O trio de meio-campo preferido da equipe tem sido composto por Kim Little, Mariona Caldentey e Frida Maanum, com Victoria Pelova e Alessia Russo também atuando na função de “10”. Dada a dificuldade do Arsenal em impor seu domínio em campo, uma mudança na Escalação pode ser uma alternativa viável.
Relatório da partida: Arsenal 1-0 Brighton
Everton sofre em casa
O Everton enfrenta dificuldades em seus domínios, acumulando três derrotas consecutivas em casa nesta temporada. Essa é a pior sequência como mandante desde o outono de 2023. Além disso, o time soma cinco jogos sem vencer na WSL em casa, desde a Vitória sobre o rebaixado Crystal Palace em março. A mudança de estádio para o moderno Hill Dickinson Stadium não alterou o cenário, e a equipe manteve seu jejum de vitórias contra o Manchester United, somando agora 13 confrontos sem triunfar contra o rival. Apesar de mostrar força fora de casa, a equipe de Brian Sørensen não consegue replicar o desempenho em seu estádio. A busca por tornar o Goodison Park um “caldeirão” parece ser uma prioridade, considerando que a equipe nunca venceu em nenhum dos seis estádios onde disputou partidas da WSL.
Relatório da partida: Everton 1-4 Manchester United
Laura Blindkilde Brown se destaca e pode pintar na Seleção Inglesa
A meio-campista do Manchester City, Laura Blindkilde Brown, atravessa um momento de grande forma, apresentando uma atuação de destaque como melhor jogadora em campo na vitória contra o Liverpool. Aos 22 anos, eleita jogadora do mês pelos torcedores do City em setembro, Blindkilde Brown parece ter encontrado sua posição ideal no meio-campo central, atuando ao lado de Yui Hasegawa sob o comando de Andrée Jeglertz, após ter jogado como meia-atacante desde sua chegada em janeiro de 2024. Ela teve bastante posse de bola em Anfield e iniciou seis jogos consecutivos para o City em todas as competições. Com uma convocação para a seleção inglesa em seu currículo, a jogadora pode ser uma opção para Sarina Wiegman nos próximos amistosos contra Brasil e Austrália.
Relatório da partida: Liverpool 1-2 Manchester City
Tottenham demonstra força defensiva
Um lance na primeira etapa da partida entre Chelsea e Tottenham Hotspur resumiu a entrega defensiva das visitantes. Keira Walsh arriscou um chute forte de 20 jardas, e Bethany England se colocou na trajetória, absorvendo o impacto do chute à queima-roupa. A capitã se levantou imediatamente, abalada, mas não quebrada, simbolizando a corajosa exibição defensiva do Spurs. Apesar da derrota por 1 a 0, o técnico Martin Ho pode se orgulhar da performance: “Quando você consegue apresentar desempenhos defensivos como esse, você se prepara para o sucesso futuro. Se você acertar a base, se torna difícil de ser batido.” O Chelsea dominou a posse de bola (66%), finalizou 27 vezes e teve 68 toques na área do Tottenham, mas, em grande parte, lutou para penetrar a defesa adversária, o que reflete uma tendência recente de falta de poder de fogo do time londrino.
Leicester busca os pontos fora de casa
O Leicester City estendeu sua sequência invicta fora de casa na WSL para 19 jogos com um empate sem gols contra o Aston Villa. A equipe não vence como visitante desde janeiro de 2024 e busca quebrar essa escrita sob o comando de Rick Passmoor, agora efetivado como técnico permanente. Apesar do resultado, Passmoor focou nos aspectos positivos: “Que atuação de equipe. Você vem para o Villa Park, um clássico local, com um time que sabe exatamente como jogar e possui jogadores individuais muito bons. Tivemos que igualá-los como grupo e como time. Vir para o Villa Park, conseguir um ‘clean sheet’ e um ponto, vamos aceitar isso.”
London City Lionesses precisam de mais artilharia
O gol instintivo de Kosovare Asllani foi o diferencial para a vitória do London City Lionesses sobre o West Ham, consolidando a segunda vitória consecutiva da equipe na WSL. Apesar de ser mais um passo à frente para um time que ainda está integrando 17 contratações de verão, a partida novamente evidenciou a falta de poder de fogo do time. A equipe de Jocelyn Prêcheur mostrou movimentação promissora e períodos de controle, mas momentos de hesitação sob pressão permitiram chances para o West Ham. A jogadora do London City, Leah Godfrey, admitiu que a equipe “ainda sente falta do toque final no terço final”, embora o gol de Asllani tenha demonstrado sua experiência. Prêcheur enfatizou a necessidade de ser mais eficiente nas transições e clínico. As bases estão sendo estabelecidas, mas para o London City transformar progresso em consistência, uma veia mais decisiva será essencial.
Fonte: The Guardian