Wizards: Análise da reconstrução e jovens talentos para 2025-26

A reconstrução do Washington Wizards para a temporada 2025-26 segue em andamento, com a equipe focada no desenvolvimento de jovens talentos. Após duas temporadas com um total de apenas 33 vitórias, a franquia busca consolidar seu futuro com a aquisição de três jogadores promissores: AJ Johnson, Cam Whitmore e Dillon Jones. O Elenco agora conta com nove atletas selecionados na primeira rodada dos últimos três Drafts da NBA, representando uma aposta em potencial, mas indicando baixa competitividade no curto prazo. A proteção do pick de primeira rodada de 2026 da equipe, caso fique entre os oito primeiros, também é um fator a ser considerado.

Foco no Desenvolvimento dos Jovens

A temporada atual é crucial para o desenvolvimento da jovem Base do time. Veteranos como Khris Middleton e CJ McCollum chegam para trazer estabilidade, mas as atenções se voltam para as promessas: como o jogo ofensivo de Alex Sarr, de 20 anos, evoluirá? Tre Johnson, com 19 anos, conseguirá ser mais do que um pontuador? Bilal Coulibaly, 21, e Bub Carrington, 20, mostrarão evolução em seus arremessos de média distância? A equipe precisa começar a definir sua identidade com tantos jovens competindo por minutos.

O Estado Atual da Franquia

Na última temporada, os Wizards enfrentaram dificuldades significativas, terminando com o pior saldo de vitórias e derrotas, o pior ataque e o segundo pior Retrospecto geral da liga. No meio da temporada, a diretoria promoveu diversas movimentações, incluindo trocas por futuras escolhas de segunda rodada, a aquisição de um pick de primeira rodada de 2026 e a chegada de Middleton, AJ Johnson e uma troca de pick de 2028, cedendo Kyle Kuzma para os Bucks.

A offseason trouxe novas peças importantes. No Draft, Washington selecionou Tre Johnson, ala de 1,96m vindo de Texas, na sexta posição. Posteriormente, a equipe negociou a 18ª escolha por uma de 21ª, selecionando Will Riley, ala de 2,06m de Illinois, além de adquirir a 43ª escolha (Jamir Watkins) e duas futuras de segunda rodada. Whitmore foi adicionado ao elenco em troca de duas escolhas de segunda rodada, e Jones por uma futura de segunda rodada. A troca envolvendo CJ McCollum, Kelly Olynyk e uma futura escolha de segunda rodada pelos Pelicans trouxe, em troca, Jordan Poole, Saddiq Bey e a 40ª escolha. Olynyk foi posteriormente troçado aos Spurs por Malaki Branham, Blake Wesley e uma segunda rodada de 2026, enquanto Marvin Bagley III e Anthony Gill foram renovados com contratos mínimos.

Alex Sarr em ação pelo Washington Wizards — Alex Sarr é uma das apostas para o futuro dos Wizards.

A Discussão: Reconstrução dos Wizards

Argumentos a favor: A chegada de jogadores como Will Riley, visto por alguns como a “roubada do Draft”, e o potencial de Bilal Coulibaly e de Tre Johnson animam os fãs. O espírito de luta e a energia que jogadores como Kyshawn George e Bub Carrington trouxeram, mesmo em um time em reconstrução, são vistos como fatores positivos. A equipe busca um time mais maduro e equilibrado em 2025-26, com maior empolgação em torno de Johnson no comando do ataque e uma linha de frente com potencial.

Argumentos contra: A acumulação de talento é fundamental, e críticos apontam que a equipe pode ter perdido a chance de adquirir estrelas como Cooper Flagg ou Dylan Harper. A troca de Jordan Poole, Saddiq Bey e outras peças indica uma reavaliação do elenco, com incertezas sobre quais jovens realmente se firmarão. A falta de posições fortes no garrafão e a grande quantidade de alas criam um cenário desafiador. A ausência de um “protagonista” claro e a dificuldade em avaliar o real valor do elenco incomodam os céticos.

A paciência é um fator chave na visão dos apoiadores da reconstrução, que ressaltam o futuro limpo em termos de teto salarial, a abundância de escolhas futuras e o potencial de desenvolvimento interno. A presença de veteranos como Middleton, McCollum e Corey Kispert é vista como vital para guiar as novas aquisições. A necessidade de Alex Sarr atuar como pivô e a flexibilidade de jogadores como Coulibaly e Cam Whitmore no perímetro também são pontos positivos.

No entanto, a preocupação com o jogo físico, especialmente no quesito rebotes, é elevada, com a expectativa de que os Wizards sejam superados nesse aspecto frequentemente. A saída de Kelly Olynyk é lamentada por alguns, que o viam como um jogador importante para a criação de jogadas e espaçamento de quadra. A incerteza sobre a capacidade de desenvolvimento de jogadores como Sarr em finalizar perto da cesta e a precisão de Coulibaly em arremessos de longa distância geram questionamentos. A possibilidade de jogadores como Johnson não atingirem seu potencial máximo é um ponto de atenção.