A FIA desqualificou os dois carros da Williams após a classificação para o Grande Prêmio de São Paulo devido a irregularidades no aerofólio traseiro. Tanto Alex Albon quanto Carlos Sainz, que haviam sido eliminados no Q2 (12º e 13º posições, respectivamente), não passaram pelas verificações técnicas pós-treino.
Segundo o delegado Técnico da FIA, Jo Bauer, a abertura da asa móvel (DRS) em ambos os carros excedia o limite máximo permitido, levando o caso aos comissários. Como resultado, os dois FW47 foram desqualificados e terão que largar da 19ª (Sainz) e 20ª (Albon) posições no grid de largada. Em vez das posições do Q2, eles retornarão às posições do Treino Livre 3. A equipe pode optar por largar dos boxes para ajustar os acertos do carro, buscando uma remonta difícil, mas não impossível.
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Detalhes da Irregularidade no DRS
Os comissários explicaram que, com o DRS acionado, o aerofólio traseiro de ambos os Williams ultrapassava o limite máximo de 85 milímetros na parte externa, contrariando o artigo 3.10.10g do regulamento Técnico. A Williams alegou que suas próprias medições pré-classificação indicavam que a abertura do DRS estava dentro das normas. No entanto, os comissários técnicos da FIA confirmaram a ilegalidade, e a escuderia britânica admitiu que o componente utilizado não estava em conformidade com os requisitos.
O chefe da equipe, James Vowles, expressou sua decepção: “É uma amarga decepção para a equipe e estamos investigando urgentemente o que aconteceu. Em nenhum momento buscamos uma vantagem de desempenho, e os dois aerofólios traseiros haviam superado nossas próprias verificações durante o dia. Mas a única medida que conta é a da FIA, e nós a aceitamos”.
Vowles ainda afirmou que a equipe revisará seus procedimentos para evitar que o incidente se repita e que confia na capacidade do carro para somar pontos mesmo largando do fundo do grid. “Temos um carro capaz de pontuar neste fim de semana e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para lutar a partir do fundo do grid”, declarou.
Histórico de Penalidades da Williams
Esta não é a primeira vez que a Williams enfrenta desqualificações por problemas técnicos. No GP da Holanda de 2024, Alex Albon teve que largar em último após fiscais encontrarem irregularidades no fundo plano do carro, peça que a equipe havia introduzido naquele GP. Naquela ocasião, a escuderia britânica também relatou que as verificações internas haviam sido satisfatórias.
A situação da Williams se soma a outras penalidades recentes na Fórmula 1. Em campanhas anteriores, equipes como a Mercedes (com Lewis Hamilton na China em 2025) e a Ferrari (com Charles Leclerc) também foram desqualificadas por desgaste excessivo no fundo plano ou por não cumprirem o peso mínimo, como foi o caso de George Russell na Bélgica em 2024. Tais eventos ressaltam a importância do cumprimento rigoroso das normas técnicas da FIA.
Fonte: AS España