A análise dos dados estatísticos da temporada atual em comparação com a anterior aponta para desafios significativos para o Valencia sob o comando de Carlos Corberán. Em oito rodadas disputadas, a equipe soma apenas um ponto por partida, uma queda em relação aos 1,62 pontos por jogo na temporada passada. Essa diferença se reflete em um número de derrotas mais elevado em um período mais curto de Competição.




Evolução nas Estatísticas de Passes
Observa-se uma diminuição na média de passes por partida do Valencia nesta temporada, com 41,29 a menos em comparação com o período anterior. Paralelamente, o número de passes longos aumentou em 6,80. Apesar de as perdas de bola permanecerem semelhantes (105,75 contra 105,04), os percentuais de sucesso em passes curtos, longos, para o último terço e para a área mostram uma performance inferior na temporada atual. Técnicos consultados indicam que a equipe tem dificuldades em dominar a posse de bola e em jogar com Segurança no campo adversário, sugerindo que os passes longos se tornaram um recurso defensivo diante de problemas na saída de jogo e na criação de oportunidades.
Desempenho Ofensivo e Efetividade
Apesar das dificuldades na construção, a efetividade ofensiva tem sido um ponto forte para o Valencia. Jogadores como Danjuma e Hugo Duro demonstram grande aproveitamento, com seis gols em 11 chutes a Gol. A equipe conseguiu marcar gols com poucos remates em diversas partidas, como contra Osasuna (um gol em três chutes totais) e Getafe (três gols em sete chutes). No entanto, contra o Girona, o time atingiu seu recorde de 19 remates na liga, mas marcou apenas um gol. Essa dependência da efetividade ressalta a dificuldade em chegar de forma consistente à área adversária, evidenciada pelos piores percentuais de passes bem-sucedidos nos metros finais, menor número de toques na área e menor sucesso em dribles.
Análise Defensiva e Pressão
Em termos defensivos, o Valencia tem concedido um número elevado de chances aos adversários, sendo o terceiro time que mais sofreu gols. O número de chutes recebidos a gol também é alto (110). Os registros recentes de BeSoccer indicam melhora apenas em paradas (3,38 por jogo) e duelos aéreos ganhos (14 por 12,13). Contudo, o time tem levado mais chutes a gol e sofrido mais cruzamentos do que na temporada passada. Piores índices em interceptações, duelos ganhos e recuperações apontam para problemas na pressão, basculação e intensidade, com o time perdendo 51% das disputas. A necessidade de aprimorar os automatismos táticos, tanto em ataque quanto em defesa, é clara, assim como a dificuldade em controlar as ações de bola parada.



Fonte: AS España