O futuro do Quarterback Tua Tagovailoa no miami dolphins é uma incógnita. Apesar de ter assinado uma extensão contratual de quatro anos e $212,4 milhões em julho de 2024, o desempenho do jogador tem sido motivo de preocupação e especulação. Tagovailoa sofreu sua terceira concussão diagnosticada na nfl durante a temporada passada, o que gerou pedidos por sua aposentadoria. Embora tenha retornado após quatro jogos, a performance em campo tem sido aquém do esperado.


Desempenho e Estatísticas de Tagovailoa
Tagovailoa vem de sua segunda partida consecutiva com três interceptações, em um jogo contra o Cleveland Browns que resultou na sexta derrota do miami dolphins, caindo para um recorde de 1-6. Ele chegou a ser substituído durante o quarto período. Atualmente, suas 10 interceptações o colocam empatado como o líder da NFL nesta estatística. Seu índice de passes (passer rating) de 82.8 e 9.4 jardas por passe completo são os piores de suas seis temporadas na liga. Declarações públicas criticando companheiros de equipe por atrasos em reuniões apenas agravaram a situação.
A queda de rendimento de Tagovailoa levanta questionamentos sobre sua permanência na equipe. Uma troca é considerada improvável devido ao seu desempenho e às preocupações com sua durabilidade, resultantes das múltiplas concussões. O contrato do jogador parece ser a chave para entender os próximos passos, mas a estrutura do acordo apresenta desafios para os Dolphins.
Detalhes Contratuais e Impacto Financeiro
A extensão contratual de Tagovailoa, que rende $53,1 milhões por ano, vai até a temporada de 2028. O acordo possui $167,171 milhões em garantias, sendo $93,171 milhões totalmente garantidos no momento da assinatura. O bônus de assinatura de $42 milhões é prorrateado no salary cap em $8,4 milhões anuais de 2024 a 2028.
O contrato inclui duas bônus de opção, uma estrutura complexa conhecida como “opção dupla”. O salário base totalmente garantido de $50,046 milhões para 2025 foi reduzido para $25,046 milhões após o exercício de uma opção para um ano fictício de contrato em 2029, que se anula cinco dias após o Super Bowl de 2028. Isso implicou um pagamento correspondente de $25 milhões (bônus de opção) para viabilizar esse contrato fictício. Esse bônus de opção é prorrateado no salary cap em $5 milhões anuais de 2025 a 2029.
A segunda opção deve ser exercida entre o primeiro e o décimo dia de março de 2026. O pagamento de $15 milhões para um ano fictício de contrato em 2030 reduzirá o salário base totalmente garantido de $54 milhões em 2026 para $39 milhões. Este valor de $54 milhões estava garantido por lesão na assinatura e se tornou totalmente seguro em março de 2025. A expectativa é que anos de opção sejam exercidos, e os $15 milhões estão sendo prorrateados no salary cap em $3 milhões anuais de 2026 a 2030.
O número do salary cap de Tagovailoa em 2026 está projetado em $56,4 milhões, composto por prorrogação de bônus de assinatura, prorrogação de bônus de opção (primeira e segunda), salário base reduzido, bônus de treinamento e bônus por jogo disputado.
Cenários Financeiros para a Saída de Tagovailoa
Existem diversos cenários para uma eventual desvinculação dos Miami Dolphins com Tua Tagovailoa, cada um com impactos financeiros distintos. Cortar o jogador convencionalmente em 2026, sem o uso da designação pós-1º de junho e sem o exercício da opção, resultaria em um aumento de $42,8 milhões no salary cap de 2026 e $99,2 milhões em “dead money” (dinheiro morto), um valor recorde na NFL.
Utilizar a designação pós-1º de junho em 2026, sem exercer a opção, aliviaria o impacto imediato, com $11 milhões de aumento no salary cap de 2026 e $67,4 milhões em “dead money” para 2026, com $31,8 milhões adicionais em 2027. Essa opção permitiria que Tagovailoa saísse dos livros contábeis de Miami a partir de 2028.
A opção mais viável para liberar Tagovailoa em 2026 seria através da designação pós-1º de junho, após o exercício da segunda opção. Nesse cenário, os Dolphins teriam uma economia de $1 milhão no salary cap de 2026, com $55,4 milhões em “dead money” para 2026 e $43,8 milhões para 2027. As garantias contratuais de Tagovailoa possuem cláusulas de compensação, o que poderia gerar alguma economia no salary cap se ele assinasse com outra equipe.
Uma liberação em 2027, sem a designação pós-1º de junho, resultaria em $6,6 milhões de economia no salary cap de 2027, mas com $46,8 milhões em “dead money” para o mesmo ano. A utilização da designação pós-1º de junho em 2027 traria uma economia maior, de $34 milhões no salary cap de 2027, com $19,4 milhões em “dead money” para 2027 e $27,4 milhões para 2028. Tagovailoa sairia dos registros financeiros de Miami a partir de 2029.
Considerações Finais
A expectativa era de que Tagovailoa permanecesse nos Dolphins em 2026. No entanto, seu desempenho recente levanta dúvidas. Caso não haja uma recuperação significativa, mudanças são esperadas para 2026, possivelmente incluindo a demissão do técnico Mike McDaniel. Um novo comando poderia buscar um sucessor para Tagovailoa já no Draft da NFL de 2026.


Fonte: CBS Sports