O Atacante Toni Martínez destacou a importância da coletividade no Alavés, especialmente com a adoção de um esquema com dois homens de frente pelo Técnico Coudet. O jogador espanhol tem dividido o ataque com Lucas Boyé e ressaltou a boa sintonia entre eles.
“Eu sempre disse, acho que a equipe tem que aproveitar o que geramos, independentemente de com quem eu compartilhe a posição lá na frente. Obviamente, com o Lucas é um prazer jogar e nós conversamos sobre isso. Nós dois nos sentimos muito confortáveis e com certeza, conforme os jogos forem passando, nos sentiremos melhor. Neste time, todos somos importantes”, afirmou Martínez.
O atacante revelou que não conhecia Boyé particularmente antes de se juntarem no clube, mas a Adaptação tem sido rápida. “No final, não nos conhecíamos até dois meses atrás e acho que estamos nos encaixando muito bem, também com o Mariano ou com quem estiver na frente”, comentou.
O Sistema Tático e a Versatilidade
Martínez analisa o sistema 4-4-2, com dois atacantes, como uma opção que oferece mais oportunidades em comparação ao 4-2-3-1. “Acho que, no final, com dois atacantes, geramos muito mais. Com um atacante, você pode ter um pouco mais de posse de bola, um pouco mais no estilo do jogador que costuma atuar como meia para ter um pouco mais de controle do jogo, mas no final, o Chacho [Coudet] tem que decidir”, explicou.
O novo esquema também exige maior participação ofensiva dos atacantes na construção das jogadas. “Obviamente, sabemos que quando jogamos com dois, temos que ajudar a construir a jogada, porque senão perdemos um jogador que tínhamos sempre ali; entre o Lucas ou eu saímos da zona de conforto, por assim dizer, com bastante facilidade, então tentamos ajudar um pouco mais nessa faceta criativa também”, indicou o jogador.
Ambição e Desempenho na La Liga
Toni Martínez demonstrou ambição por um crescimento contínuo do Alavés. “Sempre temos que querer mais. Ver-nos em uma posição confortável na tabela é um alívio extra. No final, sabemos o que é esta liga, sabemos que não podemos tirar o pé do acelerador nem por um segundo porque qualquer equipe é capaz de te surpreender. A equipe tem isso muito claro e acho que o sofrimento, entre aspas, do ano passado, nos faz aprender para melhorar”, explicou.
O atacante reconheceu que a equipe às vezes demonstra bom futebol, mas falta poder de finalização. “Há dias em que a bola não quer entrar. Seria uma preocupação maior não gerar chances. A equipe gera. Eu tive duas chances na segunda-feira passada, uma que foi para a lateral da rede e outra que o Julen [goleiro] pegou; e o Lucas também teve algumas. Gerando chances, estamos mais perto de conseguir os gols. Há uma rivalidade muito bonita dentro do vestiário”, ressaltou o ex-jogador do Porto.
Solidariedade Defensiva e Mérito da Equipe
Um dos pontos fortes destacados por Martínez é a solidariedade do time, com os atacantes assumindo responsabilidades defensivas. “Nós, atacantes, somos os primeiros defensores. Todos somos importantes, assim como queremos que os defensores nos tragam a bola para finalizar, também sentimos essa necessidade de ajudar defensivamente. Não tomamos muitos gols, somos a equipe menos vazada da La Liga, com a presença de equipes que jogam a Liga dos Campeões e que têm os melhores jogadores do mundo. Isso tem bastante mérito”, concluiu.
Fonte: AS España