Steven Gerrard revela que odiava defender a Inglaterra

Steven Gerrard, ícone do Liverpool, revela em podcast que odiava defender a seleção inglesa e se sentia isolado.
Steven Gerrard seleção Inglaterra — foto ilustrativa Steven Gerrard seleção Inglaterra — foto ilustrativa

Steven Gerrard, uma das maiores lendas do Liverpool e ícone da seleção inglesa por mais de uma década, revelou em uma entrevista recente que nunca se sentiu verdadeiramente parte da equipe nacional. “Eu odiava”, confessou o ex-meio-campista de forma direta durante uma conversa com seu ex-companheiro de seleção, Rio Ferdinand, em seu podcast ‘Rio Ferdinand Presents’.

A declaração abriu uma caixa de frustrações e feridas ainda não cicatrizadas da chamada ‘Geração de Ouro’ da Inglaterra. Esse grupo de estrelas, apesar do talento indiscutível, falhou em conquistar títulos internacionais de relevo.

Um grupo egoísta marcado por rivalidades

Gerrard, que disputou 114 partidas pela seleção inglesa, sendo 38 como capitão, não fugiu da autocrítica. “Acho que todos éramos perdedores egoístas”, afirmou. O ex-jogador descreveu um vestiário fragmentado por intensas rivalidades entre os clubes, especialmente entre Liverpool, Manchester United e Chelsea, o que impediu a formação de um espírito de equipe coeso.

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“Agora vejo Carragher com Scholes ou com Neville e parecem melhores amigos. Mas naquela época, por que não nos conectamos quando tínhamos 22 anos? Foi ego? Rivalidade? Era um ambiente tóxico, imaturo”, refletiu. Suas palavras não foram um ataque direto aos colegas, mas sim um olhar honesto sobre uma cultura futebolística que priorizava as cores dos clubes acima do escudo Nacional. Gerrard chegou a admitir que sente mais proximidade hoje, na aposentadoria, com colegas como Ferdinand do que durante os anos em que jogaram juntos.

Ambiente hostil e solidão

Além do desempenho em campo, o ídolo do Liverpool admitiu que os períodos de concentração com a seleção eram um suplício pessoal. “Odiar estar na Inglaterra. Não gostava. Odiava os quartos. Sentia-me sozinho. Eu amava os jogos, o treinamento, mas o resto do tempo passava trancado. Não me sentia parte de uma equipe”.

Essas afirmações são particularmente chocantes, vindas de um jogador que ostentou com orgulho a braçadeira de capitão em competições como a Eurocopa de 2012 e a Copa do Mundo de 2014. No entanto, por trás do profissionalismo e do comprometimento demonstrados, escondia-se um atleta emocionalmente isolado, imerso em um ambiente onde a camaradagem era visivelmente escassa.

Fonte: Marca

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