Roberto Cejas, o homem que ergueu Maradona em 1986, morre aos 68 anos

Roberto Cejas, o torcedor que ergueu Diego Maradona com a taça da Copa de 1986, faleceu aos 68 anos. Relembre o icônico momento.
Roberto Cejas Maradona — foto ilustrativa Roberto Cejas Maradona — foto ilustrativa

Roberto Cejas, torcedor argentino que eternizou seu nome ao erguer Diego Maradona nos ombros após a final da Copa do Mundo de México 1986, faleceu nesta segunda-feira (20), aos 68 anos, em Santa Fé, sua cidade natal. Ele lutava contra uma longa doença.

O gesto espontâneo no gramado do Estádio Azteca se transformou em uma das imagens mais icônicas da história do futebol. Com a Copa do Mundo em mãos, Maradona era carregado pelo admirador que viajou milhares de quilômetros impulsionado pela paixão pelo esporte.

Cejas, que na época trabalhava em uma metalúrgica, decidiu com amigos viajar ao México apenas para assistir à final contra a Alemanha. Sem ingresso ou credencial, ele conseguiu entrar no Estádio. Após o apito final, ele invadiu o campo junto à multidão. Anos depois, em entrevistas, Cejas relatou: “Diego olhou para mim, parou e, sem dizer uma palavra, entendi que ele queria que eu o levantasse. Levei-o trotando enquanto ele me indicava por onde ir”.

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Aquela imagem, com o capitão argentino nos ombros de Cejas e a taça em suas mãos, enquanto um país inteiro celebrava, circulou o mundo. “Meus netos me veem na TV e dizem: ‘esse é o vovô levando o Maradona’. É um presente que a vida me deixou”, comentava o torcedor com orgulho.

Décadas mais tarde, o destino os uniu novamente durante a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, no programa “De Zurda”, apresentado pelo próprio Maradona. “Demos um abraço muito bonito — lembrou Cejas—. Diego ria e me dizia: ‘você sabe quanto pesa a Copa, mas eu sei quanto eu peso com a Copa’”.

Cejas também compartilhava uma lembrança daquela tarde inesquecível: “Pedi uma chuteira e ele disse que não, que eram para a mãe dele. Achei um gesto lindo e respeitei”.

Símbolo silencioso da seleção campeã

Com o passar dos anos, Roberto Cejas se tornou um símbolo silencioso daquela equipe campeã. Ele sempre minimizou seu papel, afirmando que foi “a mão de Deus” que o colocou no lugar certo e na hora certa. “Não sei por que coube a mim — dizia —, mas sei que estarei lá para sempre, embaixo do Diego”.

Fonte: Marca

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