O futebol brasileiro vive um período de intensas polêmicas de arbitragem, com jogos como São Paulo x Palmeiras, Red Bull Bragantino x Grêmio e Internacional x Corinthians marcados por controvérsias. Em entrevista à Betfair, o ex-jogador Rivaldo manifestou seu descontentamento com o uso do árbitro de vídeo (VAR).
Críticas ao VAR
Rivaldo afirmou que nunca foi a favor do VAR, comparando a situação com o futebol de antigamente. Para ele, a tecnologia não tem contribuído para a redução de erros e, em alguns casos, pode até ter piorado a situação. Ele argumenta que o número de pessoas envolvidas na análise de lances, mesmo com o auxílio tecnológico, ainda resulta em decisões equivocadas.
“Se a tecnologia tivesse vindo para melhorar, mas não vejo assim: continua a mesma coisa ou até pior. Temos quatro, cinco, até seis pessoas analisando o lance e não conseguem ver se foi pênalti ou não, se foi falta, se merece Expulsão. Agora tem mais gente errando. Antes era só o árbitro e o bandeirinha, e hoje temos as pessoas que estão lá paradas, no ar-condicionado, olhando o lance, e ainda conseguem errar”, declarou o pentacampeão mundial. 
Polêmicas no Choque-Rei
O ex-jogador também comentou sobre lances específicos que geraram debate, como o pênalti não marcado para o São Paulo contra o Palmeiras. Rivaldo apontou que o árbitro Ramon Abatti Abel, mesmo sem ser chamado ao VAR, tomou uma decisão errada que prejudicou o time tricolor.
“Também tem a questão de que o juiz, às vezes, também não quer olhar, não quer pedir ajuda ao VAR e toma a responsabilidade totalmente errada, como aconteceu na partida entre São Paulo e Palmeiras. Ali, foi muito claro o pênalti, e o árbitro assumiu o lance e prejudicou o São Paulo. Mesmo com meu carinho especial pelo Palmeiras, vejo que acabaram prejudicando o São Paulo naquele lance”, finalizou.
Divulgação de áudios do VAR pela CBF
Após a solicitação do São Paulo, a CBF divulgou os áudios do VAR referentes ao clássico contra o Palmeiras, disputado no Morumbis. A partida, vencida pelo Palmeiras de virada por 3 a 2, teve cinco lances questionados pelo Tricolor. A análise do VAR confirmou que o contato em Gonzalo Tapia foi acidental, justificando a não marcação do pênalti.
A conversa entre a equipe de arbitragem de vídeo e o árbitro de campo indicou que o toque foi um “escorregão acidental” e que a bola estava saindo da área. Outros lances questionados incluíram a não expulsão de Andreas Pereira e faltas não marcadas em situações envolvendo Gustavo Gómez.
No lance de Andreas Pereira, a análise da arbitragem considerou que o contato foi de intensidade média e sem desprezo pela disputa da bola. Em relação ao suposto pisão de Gustavo Gómez em Tapia, foi argumentado que o contato foi sem intenção e parte de uma disputa de bola. Um outro lance de Gómez, onde houve um toque de cotovelo em Tapia ao levantar, também foi checado e a comunicação do VAR indicou que não houve ação adicional de cotovelada.
Fonte: LANCE!
