Jesús Martínez, dono do Grupo Pachuca e principal acionista do Real Oviedo, desembarcou na Espanha para avaliar a situação do clube, que tem passado por turbulências recentes com a saída de Veljko Paunovic e a chegada de Luis Carrión ao comando técnico. Em coletiva de imprensa no Estádio Carlos Tartiere, Martínez abordou as mudanças e os planos para a equipe.
Recepção e Orgulho pelo Trabalho
Martínez expressou satisfação com o acolhimento e destacou o trabalho realizado nos últimos 3 anos. “Não viemos para vender fumaça, viemos para trabalhar”, declarou, ressaltando o empenho e a dedicação da equipe, que culminou com o acesso do Real Oviedo à elite após 25 anos. “Estou muito orgulhoso do trabalho que foi feito nesses 3 anos”, afirmou.

A Saída de Paunovic e a Chegada de Carrión
O dirigente esclareceu a difícil decisão de demitir Veljko Paunovic, apesar de reconhecer seu esforço e paixão. “Le devemos muito a Paunovic”, disse, explicando que a escolha levou em conta não apenas os 6 pontos em 24 possíveis, mas também a dinâmica social, humana e comercial do clube. Martínez enfatizou a importância de proteger sua equipe e manter um bom ambiente de trabalho. “O mais difícil é tirar um treinador”, admitiu, mas ressaltou que a decisão final foi dele, após contato diário com o presidente, diretor geral e diretor esportivo.
Sobre Luis Carrión, novo comandante, Martínez demonstrou confiança. “Tenho muita fé”, declarou, elogiando a forma de jogar de suas equipes e a autocrítica do Treinador. “Que tenha humildade para dizer que errou. Enquanto beneficiar o Oviedo“, acrescentou, ressaltando que Carrión se desculpou e tem uma boa relação com o grupo.
Ambição por Lugares na Europa
Jesús Martínez foi enfático ao definir as expectativas para o Real Oviedo. “Este time não é para estar fora do Z-4, nós o formamos para ser um time grande”, afirmou. “O que eu quero, diante desta grande torcida, que comemora os 100 anos, é sermos grandes. Temos que pensar em outras coisas, não penso em não cair, mas em algo maior.” Ele defende um foco em disputar competições europeias, e não apenas em evitar o Rebaixamento. “Falam-me de que estamos lutando por Copas europeias, não que estamos fora do descenso por gols.”
O dirigente também rebateu a ideia de que o elenco não seja competitivo. “É super competitivo”, assegurou, citando nomes como Rondón, selecionado venezuelano, Viñas, com passagens pela seleção uruguaia, e Fores, descrito como um grande projeto. “Temos um grande time, que jogue bem, para isso lutamos.” Ele também justificou a não contratação de jogadores caros como Jovic e Maksimovic, argumentando que isso prejudicaria as finanças do clube em janeiro.
Filosofia de Grupo e Resultados
Martínez reiterou que a filosofia do grupo é fundamental, mas os resultados são determinantes. “Mandam os resultados”, disse, explicando que a troca de treinadores, como Bolo, Cervera, Carrión e Calleja, seguiu essa linha. “Paunovic foi o dos resultados. Subimos e só perdeu um jogo. Mas o Oviedo está acima de qualquer pessoa”, completou, referindo-se à união necessária neste momento.
O proprietário do clube mencionou ainda as opiniões sobre as contratações de verão, defendendo jogadores como Suárez e Cazorla, este último descrito como “intocável” por seu legado e impacto social. “Nunca há um ‘não’ dele”, elogiou.
Objetivos Imediatos e Futuros
A meta imediata é que Luis Carrión faça a equipe jogar bem e pensar “de metade de tabela para cima”. “Começamos mal, mas temos muito caminho para percorrer”, concluiu.
Fonte: AS España