O Real Madrid se prepara para o segundo intervalo da temporada com tranquilidade, mantendo o bom desempenho tanto na Liga quanto na Champions League. Este período, embora não decida títulos, é crucial para definir as trajetórias e evitar complicações futuras.
Após dez partidas disputadas desde o início da campanha, o time comandado por Xabi Alonso conquistou nove vitórias e sofreu apenas uma derrota. Essa única derrota, que ocorreu recentemente, abalou momentaneamente a confiança construída. O placar de 5 a 2 no Metropolitano freou um início de temporada quase perfeito, marcado por elogios e resultados expressivos.
“Precisamos ser equilibrados. Nem nos abatermos na derrota, nem nos exaltarmos na Vitória“, declarou Xabi Alonso em entrevista anterior. Essa mentalidade busca manter a consistência do grupo. 
A vitória contra o Villarreal, obtida pouco antes da pausa para os jogos das seleções, coloca a equipe em uma posição muito mais sólida em comparação com o mesmo período do ano anterior. Não se trata apenas de resultados e classificações na Liga e na Champions; as sensações gerais do time, apesar do revés contra o Atlético de Madrid, são notavelmente diferentes.
No mesmo período em outubro de 2024, com o Villarreal também visitando o Bernabéu, o técnico Carlo Ancelotti já sinalizava preocupações, antecipando problemas que se agravaram ao longo da temporada.
Os empates contra Mallorca, Las Palmas e Atlético de Madrid, somados à derrota na Liga dos Campeões fora de casa contra o Lille, foram o prenúncio de uma temporada repleta de desafios.
Embora as derrotas sejam as mesmas (Lille na temporada passada e Atlético de Madrid na atual), a percepção geral do desempenho da equipe é distinta.
Mbappé: A peça que desequilibra
As diferenças entre o momento atual e o ano passado são numerosas, mas uma se destaca: o protagonismo de Mbappé. Embora jogadores como Güler e Huijsen tenham evoluído e Tchouaméni mantenha um alto nível, é o atacante francês quem verdadeiramente define partidas.
Xabi Alonso conta com um atacante devastador, capaz de semear o pânico em qualquer defesa. Seus 14 gols na temporada até o momento são um reflexo de seu poderio, mas a influência do camisa 10 do Real Madrid vai além de sua capacidade de finalização.
Na temporada anterior, Ancelotti lidou com um Mbappé aquém do esperado. Apesar de marcar gols, o que é uma característica inerente ao jogador, suas atuações e as sensações transmitidas não eram ideais, um problema que persistiu até os momentos finais da temporada.
Liderança na Liga Espanhola
Ao bom desempenho demonstrado pelo Real Madrid em nove de dez partidas, soma-se a liderança isolada na Liga Espanhola. A expressiva derrota do Barcelona contra o Sevilla contribui para o brilho da campanha do time de Xabi Alonso.
O Real Madrid lidera o campeonato com dois pontos de vantagem sobre o Barcelona. Em apenas uma semana, a perspectiva sobre a temporada mudou drasticamente. O que era visto como uma crise virou um momento de afirmação.
Liderando a competição e com o principal rival em momento delicado após a goleada sofrida em Nervión, o Real Madrid encara a pausa do campeonato antes de visitar o Getafe.
Na Liga dos Campeões, a equipe ocupa a segunda colocação, um ponto atrás do líder Bayern de Munique, com apenas um gol a menos na comparação de artilharia (sete contra oito). Essa situação contrasta fortemente com o início de outubro de 2024, quando a derrota para o Lille deixava o Real Madrid na décima sétima posição, já com contas a fazer.
A mensagem de Xabi Alonso ao reunir o elenco após a pausa deve permanecer a mesma: “ainda há muito caminho pela frente”, “nada mudou significativamente”. Esse discurso, contudo, é respaldado pela liderança na Liga, a boa posição na Champions, e a crescente confiança em um projeto que está apenas em seus primeiros dez jogos, com nove vitórias conquistadas.
Fonte: Marca
