Protesto contra Gary Neville: invasão de campo interrompe jogo da League Two

A partida da League Two entre Salford e Oldham, disputada no Peninsula Stadium, foi brevemente interrompida no primeiro tempo. Dois homens invadiram o gramado com o intuito de posicionar uma bandeira de São Jorge no círculo central do campo. O incidente ocorreu em meio a uma manifestação direcionada a Gary Neville, coproprietário do Salford.

Invasão de campo e protesto

Os invasores, que usavam moletons brancos com a mensagem “Gary Neville é um traidor”, foram rapidamente contidos por stewards e policiais. O grupo de extrema-direita Britain First reivindicou a autoria do protesto, alegando ter se unido a “patriotas locais de Salford” para demonstrar descontentamento com o que chamam de “traição de Gary Neville”. A ação parece ser uma resposta à decisão recente do ex-jogador de remover uma bandeira do Reino Unido de um de seus empreendimentos em Manchester.

Um dia após um ataque fatal em uma sinagoga em Manchester, Neville explicou em um vídeo que retirou a bandeira de sua propriedade por ela estar sendo “usada de forma negativa”. Ele também incentivou seus seguidores a refletirem sobre o significado de patriotismo.

Gary Neville e a polêmica da bandeira

O ex-defensor da Seleção Inglesa e agora empresário imobiliário argumentou que as pessoas estão sendo manipuladas para se voltarem umas contra as outras, atribuindo parte da culpa a “homens brancos de meia-idade, irritados… que sabem exatamente o que estão fazendo”. Neville detalhou a situação da bandeira em sua propriedade: “Houve uma bandeira do Union Jack em um dos meus locais de desenvolvimento na semana passada e eu a retirei imediatamente. Algumas pessoas podem estar assistindo a isso e pensando: ‘Gary, você não é realmente patriota’. Joguei pela minha seleção 85 vezes, amo meu país, amo Manchester e amo a Inglaterra.”

“A bandeira do Union Jack usada de forma negativa não está certa e sou um orgulhoso apoiador da Inglaterra, da Grã-Bretanha, do nosso país e a defenderei em qualquer lugar do mundo como um dos melhores lugares para se viver”, completou. “Mas acho que precisamos nos examinar, nos examinar e começar a pensar em voltar a um ponto neutro, porque estamos sendo puxados para a direita e para a esquerda, e não precisamos ser puxados para a direita e para a esquerda, de forma alguma.”