O Plano Miami, que visa viabilizar a disputa de uma partida da LaLiga fora da Espanha, deu um passo importante com a aprovação da UEFA, apesar de relutância. A partida em questão seria entre Villarreal e Barcelona, com data prevista para 20 de dezembro, em Miami, nos Estados Unidos. No entanto, a posição dos jogadores, que emitiram um comunicado se opondo à medida, ainda é um ponto de atenção. O sindicato AFE (Associação de Futebolistas Espanhóis) convocará uma nova reunião com os capitães para discutir o assunto.
AFE busca diálogo com capitães
Em 21 de agosto, após a RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol) encaminhar o pedido de Villarreal e Barcelona à UEFA, o sindicato AFE reuniu os capitães de todos os times da Primeira Divisão espanhola. Na ocasião, a resposta foi unânime: os jogadores se recusaram a jogar fora da Espanha, alegando falta de consulta e informação por parte da LaLiga. O sindicato, presidido por David Aganzo, solicitou à UEFA participação na consulta anunciada para 11 de setembro, data em que a decisão final seria tomada. Contudo, segundo informações apuradas, o sindicato não foi contatado nem obteve resposta.
A entidade presidida por Aleksander Čeferin deu o aval, repassando a responsabilidade para a FIFA, e afirmou ter consultado as partes interessadas. No entanto, a AFE declarou que não há registro de que a UEFA tenha dialogado com os jogadores. 
Nova reunião e protesto dos jogadores
Diante deste cenário, a AFE planeja uma nova movimentação para avaliar a posição dos capitães. A expectativa é que a reunião ocorra de forma iminente e urgente. Relatos indicam que alguns capitães, demonstrando grande insatisfação, já entraram em contato com o sindicato solicitando uma nova convocação o mais rápido possível. A organização, no entanto, é dificultada pela janela de jogos de seleções. A intenção é realizar o encontro ainda nesta semana, se possível, nesta terça-feira.
O sindicato consultará se os capitães mantêm a negativa e qual será a forma de resposta. O descontentamento foi evidente na última reunião, quando classificaram como uma “falta de respeito” a ausência de consideração de suas opiniões pela LaLiga e RFEF no desenvolvimento e encaminhamento do projeto à UEFA. David Aganzo, presidente do sindicato, tem sido enfático: “Algo tem a esconder Tebas quando não fornece informações sobre o jogo”. Agora, além de não terem sido ouvidos pela LaLiga e RFEF, os jogadores sentem que a UEFA também os ignorou. Este episódio aumenta o descontentamento dos capitães, e resta saber se eles optarão por ignorar a LaLiga e se recusarão a participar da partida.
Fonte: AS España
