País de Gales choca com Inglaterra e busca recuperação após goleada

País de Gales sofre goleada da Inglaterra em amistoso e busca recuperação antes de jogo decisivo pelas Eliminatórias da Copa.
País de Gales x Inglaterra — foto ilustrativa País de Gales x Inglaterra — foto ilustrativa

O técnico do País de Gales, Craig Bellamy, sabia que um Amistoso contra a Inglaterra seria um teste severo para sua equipe. No entanto, a realidade foi ainda mais dura, com a seleção galesa sofrendo um consistente ataque inglês nos primeiros 19 minutos de jogo. A goleada inicial deixou a equipe desconcertada e o placar de 3 a 0 rapidamente evidenciava a superioridade adversária.

Resumo do Confronto

Bellamy havia previsto a dificuldade, comparando a disparidade entre as equipes a um confronto de Boxe onde a diferença de força é gritante. Ele defendeu a escolha do amistoso como uma oportunidade para a equipe enfrentar um adversário de ponta, classificado em quarto lugar no ranking da FIFA, e assim obter um parâmetro claro antes do crucial jogo pelas Eliminatórias da Copa do Mundo contra a Bélgica. As semelhanças entre o estilo de jogo inglês e belga, segundo ele, tornariam a análise pós-jogo valiosa.

O clima entre as seleções, tradicionalmente rivais, foi marcado por um forte escrutínio dos hinos nacionais. Apesar de Bellamy ter minimizado a rivalidade devido à escassez de confrontos diretos, a memória do último encontro, uma Vitória contundente da Inglaterra por 3 a 0 na Copa do Mundo do Catar, pairava no ar. Naquela ocasião, a partida marcou a Despedida de Gareth Bale, que fez sua última aparição com a camisa de Gales. Desta vez, jogadores galeses como Liam Cullen tiveram poucas participações na posse de bola, em contraste com a proeminência de Elliot Anderson e Declan Rice para os ingleses.

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Jogadores da Inglaterra comemorando um gol contra o País de Gales.
Inglaterra impôs forte pressão desde o início.

Desempenho em Campo

As intenções iniciais do País de Gales mostraram-se promissoras, com David Brooks demonstrando agressividade para roubar a bola nos primeiros segundos. No entanto, essa foi uma das poucas ações que refletiram o discurso de Bellamy sobre não serem meros turistas em campo. A equipe mostrou-se claramente inferior, com a Inglaterra dominando a posse de bola e completando quase o dobro de passes. O primeiro chute a gol do País de Gales só ocorreu aos 56 minutos, quando Jordan Pickford defendeu um voleio de Brooks. Nos primeiros 45 minutos, a Inglaterra registrou 25 toques na área adversária, contra apenas cinco do País de Gales.

A defesa galesa falhou precocemente, permitindo que a Inglaterra abrisse o placar em apenas 130 segundos. Bellamy expressou frustração com a falha de Neco Williams em marcar Marc Guéhi, buscando consolo na análise com sua comissão técnica. A imensidão do Estádio de Wembley parecia engolir a equipe galesa a cada gol sofrido. Bellamy alertou seus jogadores sobre a necessidade de lidar com a velocidade de raciocínio e execução inglesa, similar àquela vista na Liga dos Campeões, e o que era um teste difícil transformou-se em um exercício de contenção de danos.

Vista panorâmica do Estádio de Wembley durante o jogo entre Inglaterra e País de Gales.
O Estádio de Wembley foi palco da goleada.

Análise Pós-Jogo e Perspectivas Futuras

Uma substituição quádrupla no meio do segundo tempo incluiu Ben Davies, em sua 99ª partida, Neco Williams, em seu 50º jogo pela seleção, Ethan Ampadu e Harry Wilson, visando preservar energias e focar no futuro. O apoio dos torcedores galeses, que entoavam cânticos, parecia ecoar em campo com uma atuação mais solta, culminando em uma defesa rara de Pickford após um chute de Chris Mepham e um cabeceio de Mark Harris por cima do gol. A presença de Ian Rush nas arquibancadas destacava a importância histórica do confronto para o País de Gales.

Apesar de ser um amistoso, a derrota terá um impacto negativo no ranking da seleção galesa, o que pode influenciar sua posição nos playoffs para a Copa do Mundo em março. No entanto, os otimistas, incluindo Bellamy, apontam o dia extra de recuperação e a pouca viagem como fatores positivos antes de receberem a forte equipe da Bélgica, liderada por Kevin De Bruyne, em Cardiff.

O resultado representou uma noite desmoralizante após o progresso notável sob o comando de Bellamy, somando apenas a terceira derrota em 15 meses. A chave agora é garantir que a decepção não se prolongue. Enquanto alguns jogadores, como Neco Williams, ainda buscavam entender o que aconteceu no intervalo, a equipe como um todo sentiu o peso da performance. Para o País de Gales, esta partida serviu como uma dura lição, e Bellamy espera que sua equipe aprenda rapidamente antes do compromisso decisivo de segunda-feira.

Fonte: The Guardian

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