Considerado o esporte que mais cresce no mundo por especialistas, o Padel está em um momento decisivo de expansão no Sudeste brasileiro. A modalidade, que já se consolidou como potência na Europa e na Argentina, tem o Rio de Janeiro como polo central desse crescimento, com Niterói sediando uma etapa crucial do Circuito Estadual, que reflete esse movimento.
Expansão do Padel no Brasil
Em entrevista, um dos organizadores do evento e membro da Federação de Padel do Rio de Janeiro detalhou o cenário atual do esporte no Sudeste. Segundo ele, a força do esporte no Sul do país, especialmente em Porto Alegre e Santa Catarina, deve-se à proximidade com a Argentina, segunda maior potência mundial na modalidade, o que facilitou a disseminação inicial.
“O Padel hoje no Brasil é muito forte no Sul. Porto Alegre, Santa Catarina, Paraná. A Confederação Brasileira fica em Balneário Camboriú. O segundo país do mundo no Padel é a Argentina. Pela proximidade com Porto Alegre, acaba que a galera migra para lá e fez o Padel ficar forte no Sul”, explicou. 
Desafios e Potencial no Sudeste
Um dos principais desafios para a consolidação do Padel no Sudeste, segundo o organizador, é o alto custo de terrenos e locais para a construção de quadras. Apesar disso, a demanda reprimida no Rio de Janeiro demonstra o imenso potencial do esporte na região. Com poucos clubes em Niterói e na Barra da Tijuca, a procura supera a oferta.
“Assim, todos os clubes estão lotados, tá? O Padel é um esporte que tem tudo pra pegar em qualquer lugar”, afirmou o organizador.
A facilidade de adesão é outro ponto forte, frequentemente comparada ao Tênis. “O tênis é um esporte extremamente técnico. Você não vai pegar uma raquete, bater e vai funcionar. Você vai errar. Mas o Padel, não. O Padel, qualquer um que nunca jogou esporte de raquete, se segurar uma raquete, vai conseguir botar a bolinha para o outro lado. Cada um no seu nível, mas vai conseguir se divertir. Por isso que o Padel é tão bem aceito”, detalhou.
Planos de Expansão e Futuro Olímpico
Com a criação da Federação de Padel do Rio de Janeiro, o cenário para o esporte na região deve mudar. A entidade planeja não apenas organizar o circuito estadual, mas também impulsionar a expansão física da modalidade.
“A expectativa é disso aqui explodir. A gente já tem conversas avançadas com alguns grupos pra poder construir novos centros de Padel, que deve acontecer na Barra da Tijuca”, revelou o organizador.
Ele destacou que o maior desafio não é apenas a infraestrutura, mas a formação de uma base sólida para o futuro, incluindo treinadores e atletas de base. “Não adianta só ter quadras. Você tem que ter alguém que treine as pessoas, você tem que ter novos atletas, você tem que ter juventude chegando, atletas de divisão de base. Via Federação, a gente vai ter todo um movimento de formação de atletas e formação de treinadores. Essa é a nossa intenção, é o nosso maior desafio aqui.”
O Padel, que evoluiu de quadras de alvenaria para modernas arenas de vidro, tem um crescimento exponencial global. A entrada do esporte nos Jogos Olímpicos é vista como uma questão de tempo.
“Tem a possibilidade do Padel virar um esporte olímpico em 2032. E essa possibilidade é muito real. O Padel hoje já atende aos pré-requisitos para ser um esporte olímpico, com relação à quantidade de praticantes e à quantidade de países com esporte ativo. É mais uma questão agora de tempo”, concluiu.
Fonte: LANCE!
