A partida de Futebol entre Noruega e Israel, válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, está envolta em um esquema de Segurança sem precedentes na Noruega desde os Jogos Olímpicos de Inverno de 1994. Medidas antiterrorismo foram implementadas em Oslo, com uma zona de exclusão aérea sobre o Ullevi Stadion. Apesar da atmosfera tensa, a seleção norueguesa está perto de alcançar sua primeira participação em uma Copa do Mundo em 27 anos. Uma Vitória contra Israel colocaria a equipe em uma posição favorável para a Classificação.






Protestos e Manifestações em Oslo
Um protesto pacífico organizado pela Comitê Palestina na Noruega, sob o lema “Cartão vermelho para Israel”, está previsto para ocorrer do centro da cidade até as proximidades do estádio. Outros grupos também planejam manifestações, com cartazes pedindo o fim da partida sendo vistos em pontos da cidade. As autoridades locais têm se preparado para esses eventos desde o sorteio das equipes, há mais de um ano.
A seleção de Israel está acostumada a lidar com ambientes de alta segurança em suas partidas. O capitão Eli Dasa mencionou que o nível de segurança não é significativamente maior do que o usual, o que implica a presença de agentes de segurança para garantir a ordem.
Posicionamento da Federação Norueguesa e Repercussões
A Federação Norueguesa de Futebol (NFF) e sua presidente, Lise Klaveness, adotaram uma postura firme em relação à participação de Israel em competições internacionais. A NFF defendeu a exclusão de Israel do futebol internacional, uma posição mais enfática do que a de outras nações europeias, o que gerou atritos diplomáticos. A decisão de doar a renda do jogo para a organização Médicos Sem Fronteiras e seu trabalho em Gaza também provocou uma resposta negativa da Associação Israelense de Futebol.
Inicialmente, a UEFA considerou a possibilidade de banir Israel de competições, mas a decisão foi suspensa após o avanço do plano de paz proposto por Donald Trump. Klaveness ressaltou que a posição da Noruega se baseia em violações das leis da FIFA e na presença de equipes israelenses em territórios palestinos ocupados. Ela enfatizou que a prioridade é o fim dos conflitos e o retorno dos reféns, mas que a discussão sobre sanções por violações legais deve continuar.
Opiniões e Expectativas
Line Khateeb, líder do Comitê Palestina na Noruega, acredita que a partida não deveria acontecer enquanto Israel violar o direito internacional e restringir o futebol palestino. Ela afirmou que os protestos não têm o objetivo de atrapalhar o jogo, mas sim de expressar o descontentamento com a situação.
A equipe de Israel, conhecida por seu estilo ofensivo, mas que frequentemente sofre gols, precisa vencer para manter suas esperanças de classificação. O técnico Ran Ben Shimon fez uma intervenção incomum em sua coletiva de imprensa, recitando uma passagem bíblica em homenagem aos reféns israelenses detidos pelo Hamas. Esta foi a primeira vez que um técnico de Israel fez uma declaração religiosa pública desse tipo.
O capitão Dasa vê a situação como uma motivação extra para a equipe. “Desde 7 de outubro de 2023, não tínhamos um jogo com essa sensação de esperança”, declarou. A expectativa é oferecer um “belo presente” para os reféns em caso de vitória.
Medidas de Segurança e Impacto no Público
Um pequeno grupo de manifestantes se posicionou do lado de fora do Ullevi Stadion durante o treino da equipe de Israel. Apenas cerca de 200 torcedores israelenses são esperados no estádio. O número de torcedores noruegueses será reduzido em 3.000 em comparação ao normal, com setores fechados da capacidade de 28.000 lugares para evitar invasões de campo. Essas medidas visam garantir a segurança e a ordem, apesar do contexto político sensível.
Fonte: The Guardian