A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou os áudios do VAR referentes aos lances polêmicos da Vitória do Mirassol sobre o São Paulo por 3 a 0, no último domingo (19), pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida ocorreu no estádio José Maria de Campos Maia.

Primeiro Lance: Pênalti para o Mirassol
A primeira intervenção do VAR aconteceu ainda no primeiro tempo. Aos 31 minutos, o zagueiro Alan Franco, do São Paulo, perdeu a bola e derrubou Carlos Eduardo, do Mirassol, dentro da área. O árbitro Matheus Delgado Candançan foi chamado para revisão.
“Impacto claro. Para o jogo, Matheus. Eu só vou ver o app porque o puxão na bermuda é muito claro, tá? Matheus, vou recomendar a revisão para um possível pênalti e vou checar o app”, disse Rodrigo D’Alonso Ferreira, do VAR.
Candançan, após verificar as imagens, decidiu marcar a penalidade: “O jogador defensor (Alan Franco) vê que vai perder a bola e tem um puxão claro no shorts que impacta sim na ação. Seguiu, tudo limpo? Ok, vou voltar com a revisão de pênalti”. O lance resultou em gol para o Mirassol.
Segundo Lance: Mão na bola na área do São Paulo
O segundo lance polêmico envolveu Lucas, do São Paulo. O jogador tentou cabecear a bola na área e acabou tocando com a mão. No entanto, duas situações foram analisadas pela arbitragem de vídeo: o impedimento de Danielzinho e uma possível interferência no lance.
“Que pega na mão ok, mas eu quero ver antes a ação dele. Ele vai para cabecear… eu quero ver se pega na cabeça dele. Ela não pega na cabeça, vai direto na mão. E essa mão, ele não está disputando com ninguém. Ele vê todo o trajeto da bola e ergue o braço, tá? Não é um movimento para cabecear. Não é uma mão de disputa, é uma mão que está aberta e que não é justificável por essa ação”, analisou Rodrigo D’Alonso.
O árbitro de campo, Candançan, pontuou: “O braço dele nessa situação, onde ele está subindo, está descolado do corpo, ampliando o espaço corporal. Não tem o movimento de cabeça onde ele joga a bola, correto?”.
O VAR traçou as linhas de impedimento de Danielzinho e constatou a posição irregular. Contudo, a decisão final sobre a mão na bola ficou com o árbitro de campo.
VAR: “Ele está o tempo todo com ela [mão] erguida. Agora, só vou passar uma linha para ver se o jogador que está do lado dele ali atrapalha ele. Aí agora você avalia a interferência.”
Árbitro: “Vê se tem uma situação onde ele toca nele. Coloca uma câmera para mostrar interferência. Esse jogador tem um contato lá, é isso?”
VAR: “Quem cabeceia é o Lucas, ele está atrás do Lucas. Olha a distância que ele está do Lucas.”
Árbitro: “Ele não tem contato lá, né? Ok. O Lucas não está vendo esse jogador, ele não impacta na ação dele. Vocês concordam?”
VAR: “Em nenhum momento ele interfere na ação do Lucas.”
Após o diálogo, foi determinado que não houve interferência e, portanto, o pênalti para o Mirassol foi mantido e convertido por Carlos Eduardo.

Próximos compromissos
O São Paulo voltará a campo no sábado, dia 25, para enfrentar o Bahia, no Morumbis. Já o Mirassol jogará no mesmo dia contra o Sport, na Ilha do Retiro.
Fonte: LANCE!