A memória de Marco Motta, ex-lateral da Juventus, é nítida ao relembrar o confronto entre Real Madrid e Juventus pela Champions League em 23 de outubro de 2013, no Estádio Santiago Bernabéu. A partida, que terminou com vitória do Real Madrid por 2 a 1, marcou o time italiano e seu técnico, Antonio Conte, que buscava manter sigilo tático.
Motta recorda a intensidade dos treinamentos de Conte para o confronto. “Não queria dar pistas. Tudo se fazia como em segredo”, relatou o ex-jogador. A preparação incluiu um treino no Cerro del Espino, campo do Rayo Vallecano, escolhido por ser similar ao estilo do adversário. “Conte estava obcecado com que ninguém soubesse nada sobre nós”, acrescentou.
Retorno ao Bernabéu como treinador
Doze anos após sua participação como jogador, Marco Motta retornará ao Santiago Bernabéu, desta vez com o olhar de treinador do time cadete do Rayo Alcobendas. A emoção de ouvir o hino da Champions League permanece viva: “Essa musiquinha que me dá uma ilusão brutal por tudo o que vivi”. 
Yildiz é o referente, atacante que sempre é um problema para o rival.
Motta acredita que, apesar da derrota recente do Real Madrid no clássico, a equipe chega em melhor condição psicofísica para o duelo contra a Juventus. “Após a derrota no dérbi, os de Xabi Alonso se levantaram muito cedo, por isso penso que o Madrid chega um pouco melhor ao jogo no aspecto psicofísico”, analisou.
Citando Vince Lombardi, o ex-lateral enfatiza a importância da vitória. Ele prevê um jogo com mais de um gol no Bernabéu, ressaltando o peso das camisas de ambos os clubes.
Yildiz tem tudo e Rodrygo faz com que você se apaixone por esse esporte, parece que em campo ele voa. E Mbappé tem números de extraterrestre.
Com passagens por diversos países, Motta destaca o respeito mútuo entre Real Madrid e Juventus. Ele avalia que a equipe com maior controle mental e frieza sairá vitoriosa. Sobre os times, Motta observa que a Juventus iniciou bem a temporada sob o comando de Tudor, mas teve dificuldades após o confronto com a Inter de Milão. Já o Real Madrid, após perder o clássico, mostrou rápida recuperação.
O ex-jogador reconhece o poder de atração do Bernabéu, mas aponta a imprevisibilidade da Juventus, especialmente em seus jogadores de ataque. “Yildiz é um grande talento”, comentou, mencionando também Conceição, Jonathan David e Vlahovic como peças chave que podem decidir partidas.
O Bernabéu é o Bernabéu, mas a Juventus sempre é uma equipe imprevisível, especialmente com os jogadores da frente: Yildiz, Conceição, Jonathan David e Vlahovic.
Para o Real Madrid, Motta elogia o elenco, destacando Mbappé em excelente fase, Arda Güler atuando em uma posição que agrada ao ex-jogador, a qualidade de Vinicius Júnior e o talento de Rodrygo. “Por tudo isso, aposto que será uma partida espetacular”, declarou.
Motta demonstra admiração por Xabi Alonso, a quem considera um “grandíssimo treinador” pelo trabalho realizado em tempo recorde. “Não se pode esquecer que ele chegou na ‘corrida’. Por causa do Mundial de Clubes, não teve ‘sua’ pré-temporada e veja como tem a equipe. Eu não mudaria nada”, afirmou.
Formações e Estratégias
1-3-4-2-1 e 1-3-4-3
O treinador ressalta a importância de focar na própria equipe, mas alerta para as formações táticas da Juventus, predominantemente o 1-3-4-2-1 e o 1-3-4-3, com Yildiz como principal referência no ataque. “Se eu fosse o Madrid, seguiria pela mesma linha”, aconselha.
Se eu fosse Xabi, não mudaria nada para este jogo. Se fosse Tudor, talvez, por fora, colocaria algum detalhe.
Ao escolher seus destaques, Motta cita Yildiz e Rodrygo, admirando a capacidade do brasileiro de encantar no esporte. Ele também ressalta Mbappé por seus “números de extraterrestre”.
Como treinador, eu sempre gostaria de ter um Valverde na minha equipe.
Pode jogar onde quiser. Acho que pode ser até goleiro. É um jogador com ‘fome’ que te cobre, se adapta, está disponível para a equipe, ajuda… Não precisa de protagonismo.
Valverde é outro jogador que desperta admiração em Motta. “Como treinador, eu sempre gostaria de ter um Valverde na minha equipe”. O ex-jogador elogia a versatilidade e entrega do uruguaio, comparando-o a um jogador capaz de atuar em qualquer posição, inclusive como goleiro. “É um jogador com ‘fome’ que te cobre, se adapta, está disponível para a equipe, ajuda o conjunto… Não precisa de protagonismo”, concluiu, entendendo a admiração de Carlo Ancelotti pelo atleta.
Fonte: Marca
