O Liverpool vive seu primeiro momento de turbulência sob o comando de Arne Slot. Após um início avassalador com sete vitórias seguidas, o time entrou em colapso, sofrendo três derrotas consecutivas para Crystal Palace, Galatasaray e Chelsea. Para agravar a situação, as duas derrotas mais recentes vieram de forma dolorosa, nos minutos Finais, invertendo o que antes era um trunfo do técnico holandês.

O ‘Slot Time’ se volta contra os Reds
Durante a arrancada inicial da temporada, o Liverpool chamou a atenção por resolver partidas nos acréscimos, um padrão apelidado de “Slot Time”. Gols decisivos após os 80 minutos, muitos deles nos acréscimos, consolidaram a força mental e a resiliência da equipe. Essa capacidade de virar jogos no fim era vista como uma marca registrada do técnico Arne Slot.
No entanto, essa característica se transformou em fragilidade. A derrota para o Crystal Palace começou com um empate nos acréscimos, mas o time cedeu o gol da virada aos 97 minutos. Contra o Chelsea, após buscar o empate, o Liverpool sofreu o segundo gol aos 95 minutos, com o jovem Estêvão.

Perda da liderança e queda de desempenho
Com as três derrotas consecutivas, o Liverpool despencou para a segunda posição na Premier League, sendo ultrapassado pelo Arsenal. A aura de invencibilidade que cercava a equipe se dissipou, e as atuações abaixo do padrão, que antes eram mascaradas pelas vitórias, agora estão evidentes.
O técnico Arne Slot reconheceu a dificuldade dos jogos recentes. “Em duas semanas, tivemos dois jogos difíceis fora de casa. Em ambos, a vantagem não nos favoreceu”, afirmou.
A contratação de jogadores como Isak, Wirtz e Ekitiké, com o objetivo de dominar a posse de bola e superar defesas fechadas, parece ter trazido desequilíbrio. O time perdeu a solidez no meio de campo e a consistência defensiva. Nos últimos 11 jogos, o Liverpool sofreu dois ou mais gols em seis partidas, um indicativo da instabilidade.
Ataque e defesa em baixa
O desempenho ofensivo também caiu. Jogadores que eram decisivos, como Salah, têm oscilado, enquanto outros como Gakpo não conseguem engrenar. A falta de um ataque coeso força o time a depender de lampejos individuais, que têm sido escassos.
A ausência de Luis Díaz, vendido ao Bayern de Munique, é sentida pela sua capacidade de romper defesas. A fragilidade defensiva e a falta de poder de fogo do ataque tornam o Liverpool vulnerável, como visto nas recentes derrotas que custaram a liderança e a confiança da equipe.
Fonte: LANCE!