A Libertadores Feminina começa nesta quinta-feira (2) e movimentará as cidades-sede com um total de 32 jogos em apenas duas semanas, culminando em 18 de outubro. O torneio será disputado em sede única, com dois estádios recebendo todas as partidas: o Florencio Sola, do Banfield, sediará 15 jogos, enquanto o Nuevo Francisco Urbano, do Morón, receberá 17 partidas.
Este formato, com uma única sede, já é familiar em edições anteriores. Contudo, a concentração de partidas em um período tão curto e em poucos locais levanta debates sobre as condições dos gramados, um ponto de atenção destacado em edições passadas.

Condição dos gramados foi alvo de crítica
A edição de 2024 da Libertadores Feminina, inicialmente planejada para o Uruguai, teve o Paraguai como sede após uma mudança de planos da Conmebol. Os jogos da fase de grupos e quartas de final ocorreram no Carfem (Ypané) e Arsenio Erico (Assunção), enquanto as semifinais e a final foram disputadas no estádio da Conmebol (Luque) e no Defensores del Chaco (Assunção).
Durante aquela competição, a qualidade dos gramados foi frequentemente criticada. O excesso de jogos em um curto espaço de tempo, agravado por chuvas fortes, deteriorou as condições do campo. Após a eliminação do seu time, a jogadora Gabi Zanotti, do Corinthians, comentou a situação: “Eu sei que é chuva, mas acho que precisa pensar melhor. Apenas dois estádios para tantos jogos em um período tão curto é impossível o gramado aguentar. Isso é óbvio e todo mundo sabe disso. Acho que precisa tratar a competição com mais carinho para que a gente consiga jogar futebol e não fazer um jogo de acordo com as condições do gramado.”
A partida que selou a vitória do Corinthians, por exemplo, foi disputada no Arsenio Erico, mesmo estádio que, dias antes, sofreu com um temporal que atrasou o jogo entre Ferroviária e Santa Fé. A chuva intensa também marcou o confronto que eliminou a Ferroviária.

Contexto internacional e nacional
No cenário internacional, a Concacaf Women’s Cup, que ocorre simultaneamente às ligas nacionais em países como Estados Unidos, México, Panamá e El Salvador, adota um formato semelhante ao da Libertadores, com fase de grupos e mata-mata, utilizando mandos de campo das equipes. Já a Champions League Feminina europeia possui apenas a fase preliminar com sedes fixas, enquanto a fase de liga, a partir de outubro, é disputada nos estádios dos clubes, registrando recordes de público crescentes.
No Brasil, o futebol feminino tem demonstrado um aumento significativo de público, com o Brasileirão Feminino A1 e A2 atraindo milhares de torcedores. Clubes como Corinthians e Cruzeiro têm se destacado nesse aspecto, lotando seus estádios e promovendo um crescimento notável na modalidade.
Fonte: LANCE!