A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, não comparecerá ao Maracanã para o confronto direto contra o Flamengo, neste domingo, válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. A dirigente entende que o clima atual não é favorável para sua presença no estádio.
Leila Pereira relatou ter sido impedida pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, de passar em frente ao camarote dele no ano passado, quando esteve no Maracanã. A situação a obrigou a sair do estádio e passar no meio da torcida do Flamengo para alcançar o camarote reservado ao Palmeiras.
Recentemente, uma visita do governador ao vestiário do Flamengo gerou polêmica no Allianz Parque. O diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, teria relatado ameaças de um membro da comitiva do governador, que sugeriu que o Palmeiras voltaria a jogar no Rio de Janeiro em breve. 
A presidente também citou desentendimentos com o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap). Segundo Leila, Bap a acusou de emprestar dinheiro ao Vasco em troca de benefícios esportivos para o Palmeiras. A acusação refere-se a um empréstimo de R$ 80 milhões feito pela Crefisa, empresa de Leila e seu marido, ao clube carioca, com garantia de 10% das ações da SAF.
A troca de críticas entre Leila Pereira e Bap se intensificou nas últimas semanas, em meio à crise na divisão de receitas de transmissão na Libra. Bap criticou a influência de Leila na organização, classificando suas declarações como infantis. Leila, por sua vez, comparou a diretoria rubro-negra a “terraplanistas” e questionou a postura de Bap.
Apesar das divergências, Leila Pereira e Luiz Eduardo Baptista estiveram presentes em uma reunião na sede da Conmebol, no Paraguai, que reuniu dirigentes das equipes semifinalistas da Libertadores. O encontro foi protocolar e a entidade sul-americana não interveio na disputa entre os dirigentes brasileiros.
Fonte: Globo Esporte
