La Liga: Clubes apoiam Tebas apesar de fiasco em Miami

Clubes da La Liga apoiam Javier Tebas apesar do cancelamento do jogo em Miami. Dirigentes defendem o presidente contra críticas.
Javier Tebas La Liga — foto ilustrativa Javier Tebas La Liga — foto ilustrativa

O plano de levar um jogo da la liga para os Estados Unidos, conhecido como Plano Miami, apesar de sua recente queda, não causará um grande abalo no Futebol Espanhol. A forma como a quarta tentativa de realizar uma partida em solo americano foi gerenciada gerou críticas significativas. No entanto, Javier Tebas, presidente da La Liga, não sairá totalmente enfraquecido. Clubes consultados pelo veículo de notícias mantêm seu apoio ao presidente, embora alguns expressem ressalvas sobre a estratégia e os métodos empregados.

Repercussões do Plano Miami

A renúncia da Relevent, promotora do evento em Miami, representou um revés considerável para a la liga. Javier Tebas havia anunciado em 8 de outubro que o confronto entre Villarreal e Barcelona ocorreria nos EUA. A não concretização do anúncio gerou um impacto negativo na imagem da liga, especialmente pela maneira como foi conduzido. A protesto dos jogadores no início das partidas, a crítica de atletas como Carvajal e Courtois, e o anúncio feito enquanto o próprio Villarreal disputava uma partida da Champions League, evidenciaram falhas de estratégia e comunicação. Diversos diretores de clubes da Primeira e Segunda Divisão expressaram essa visão.

Críticas e Falta de Transparência

Alguns clubes manifestaram publicamente suas insatisfações. Ángel Haro, presidente do Betis, comentou: “Faltou um pouco de carinho na comunicação para ter todos implicados”. O Villarreal, um dos clubes diretamente envolvidos, foi ainda mais crítico. Roig Negueroles, conselheiro delegado do clube, afirmou: “Eles eram os responsáveis por terem comunicado aos demais clubes, ao sindicato de jogadores… Nós éramos um simples ator que se dispôs a jogar porque acreditávamos que era bom para o futebol espanhol. Nos desgastamos muito para depois não obter nada. Não podemos ser os que pagam o pato de uma gestão mal feita. Nós fizemos muita explicação didática porque nos preocupavam nossos torcedores; os demais atores nisso tinham que ter sido tratados de forma mais transparente”.

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As declarações do dirigente do Villarreal ecoam em outros clubes, que apontam a falta de transparência e diálogo. Apesar das críticas à gestão, há um sentimento generalizado de que a queda do projeto representa uma oportunidade perdida. A importância do mercado americano é destacada, com alguns afirmando que “os Estados Unidos representam 1/3 dos nossos direitos audiovisuais”. Contudo, nem todos concordam em ceder jogos em casa, especialmente contra grandes equipes. Em três das quatro tentativas anteriores, o Barcelona esteve envolvido, dada sua força como marca para o sucesso no mercado americano. A ideia de privar os sócios de partidas cruciais em casa, mesmo com o pagamento de viagens, desagrada a alguns.

Apoio a Javier Tebas

Apesar das divergências e críticas sobre a organização do evento, a figura de Javier Tebas encontra respaldo entre presidentes e diretores consultados. Um dos motivos recorrentes para esse apoio é a percepção de que Tebas representa um contrapeso importante para Florentino Pérez. O Real Madrid é o único clube que se opõe publicamente ao atual dirigente. “Ele adoraria que ele ficasse abalado com isso…”, comentou um dirigente sobre o apoio a Tebas e a relação tensa com o clube merengue.

O Barcelona, que em outros momentos vivenciou crises com Tebas e a La Liga, demonstrou uma reação mais conciliadora. “Respeitamos e acatamos a decisão de cancelar o jogo. Lamentamos a oportunidade perdida de expandir a imagem da competição a um mercado estratégico e com capacidade de crescimento e geração de recursos em benefício de todos”, declarou o clube em comunicado, sem reproches.

Resiliência de Tebas

Na La Liga, onde a queda do projeto foi recebida com “desilusão”, a força de Tebas é vista como inabalável. Mesmo diante da tensão da semana anterior, o presidente manteve uma postura combativa. No dia seguinte ao anúncio da Relevent, Tebas manteve sua agenda, reunindo-se com o sindicato AFE para discutir a protesto dos jogadores, um dos principais motivos da suspensão. Aganzo, presidente do sindicato, o descreveu como “tranquilo”. Durante o encontro, Tebas afirmou que os jogadores realizaram uma greve ilegal e que os levaria aos tribunais, apesar de o sindicato defender que foi apenas um protesto. “Tenho muita vontade que um juiz decida”, declarou o dirigente.

Tebas também se manifestou à imprensa, descartando que a não realização do jogo VillarrealBarcelona tenha sido um fracasso. “A palavra fracasso não existe se eu tentei. Se você não tenta, aí sim fracassa”, disse. Ele minimizou a perda, afirmando que “perder é subjetivo” e que o jogo de Miami “nem está entre os dez objetivos principais da La Liga”. Tebas já se recuperou do golpe e reafirmou sua intenção de seguir tentando realizar jogos nos Estados Unidos. A maioria dos clubes, segundo apurado, está ao seu lado.

Fonte: AS España

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