LaLiga ameaça capitães por paralisação e quantificará prejuízos

LaLiga ameaça capitães de clubes espanhóis e promete quantificar prejuízos após protesto de 15 segundos em partidas. Jogadores reagem à pressão.
LaLiga capitães protesto — foto ilustrativa LaLiga capitães protesto — foto ilustrativa

A disputa entre a LaLiga e os capitães dos clubes espanhóis está longe de uma resolução. Uma troca de cartas nesta segunda-feira não acalmou os ânimos, pelo contrário. Após uma paralisação de 15 segundos em todas as partidas como forma de protesto dos jogadores, a organização do campeonato ameaçou quantificar os danos causados pela ação para tomar medidas.

LaLiga promete quantificar prejuízos do protesto

A comunicação, que não foi bem recebida pelos capitães, indicou que a entidade avaliará as perdas financeiras decorrentes da manifestação. O sindicato de jogadores, AFE, no entanto, afirma não temer a advertência, pois o gesto teria sido cuidadosamente planejado para não gerar consequências legais. Segundo o AFE, a ação “não tem nenhum percurso” legal.

As tensões continuam a ser expressas por meio de correspondências, e o confronto entre as partes se acirra. O AFE enviou uma missiva à LaLiga na segunda-feira para aceitar uma reunião da Comissão Paritária, mas antecipou a data proposta, passando de sexta-feira para quarta-feira. O sindicato busca um encontro o mais rápido possível para avançar nas negociações.

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Por outro lado, a instituição presidida por Javier Tebas enviou outra carta insistindo no encontro, mas com duas ressalvas. A primeira é a predisposição em informar os jogadores, mas com a condição de não quebrar o dever de confidencialidade nos acordos. O sindicato interpreta isso como uma falta de vontade em compartilhar as informações realmente solicitadas pelos jogadores. Apesar disso, o AFE afirma que não desistirá.

Capitães reagem à pressão e cobram negociação

A advertência da LaLiga de que vai “quantificar os danos do protesto, realizado durante os 15 segundos de paralisação na 9ª rodada da Primeira Divisão, não intimida os jogadores. Eles garantem que o gesto foi medido e não trará repercussões legais.

A comunicação não foi bem recebida pelos capitães, que a consideram mais uma forma de pressão sobre o coletivo. Eles expressaram descontentamento com a censura durante a transmissão televisiva, que dificultou a visualização do protesto, e com as mensagens recebidas na quinta-feira para recuar da ideia. Essas circunstâncias aumentam a insatisfação dos jogadores.

Após o término da partida entre Alavés e Valencia, o AFE voltará a conversar com os capitães para definir os próximos passos. A LaLiga já comunicou que não cumprirá o requisito exigido pelos capitães para sentarem à mesa: adiar a venda de ingressos. A pré-venda começa nesta terça-feira e a venda geral na quarta-feira. A liga afirma não ter competência para isso e considera a exigência uma demonstração de “má-fé” por parte do AFE.

Próximos passos e impasse na negociação

Os capitães agora terão que decidir se se reunirão com a LaLiga, mesmo com a recusa em frear a comercialização de ingressos. O adiamento da venda era uma solicitação para evitar que a patronal usasse a situação como medida de pressão. A data da reunião também é um ponto de discórdia, pois, apesar da insistência da LaLiga na Comissão Paritária com o AFE, os capitães exigem uma mesa de negociação com todas as partes envolvidas no projeto.

A situação segue tensa, com ambas as partes mantendo suas posições, o que dificulta a resolução do conflito. A AFE reafirma seu compromisso com os jogadores na busca por melhores condições e transparência nas negociações com a liga.

Fonte: AS España

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