Jornalistas de diversos veículos se manifestaram contra a decisão judicial que absolveu todos os réus de responsabilidade civil pela tragédia no Ninho do Urubu, ocorrida em 2019. O protesto levanta questionamentos sobre a impunidade e a falta de Justiça para as famílias das vítimas.

A 36ª Vara Criminal da Capital concluiu que não havia provas suficientes da participação direta dos acusados no incêndio que vitimou dez jovens das categorias de Base do Flamengo. O juízo argumentou que não é possível atribuir responsabilidade penal apenas com base no cargo, sem a comprovação de conduta ou omissão determinante para o resultado fatal.
Repercussão entre Jornalistas
Nas redes sociais, profissionais como Renato Maurício Prado e Mauro Cezar expressaram descontentamento com a decisão.
“Uma vergonha. Um escândalo”, publicou Renato Maurício Prado em sua conta.

A absolvição abrangeu Antônio Márcio Mongelli Garotti, Marcelo Maia de Sá, Edson Colman da Silva, Cláudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Fábio Hilário da Silva e Weslley Gimenes. A punibilidade de Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, então presidente do clube, foi extinta devido ao tempo transcorrido desde o início do processo.
Entenda o Caso
O incêndio no CT George Helal, o Ninho do Urubu, ocorreu na madrugada de 8 de fevereiro de 2019. As chamas, que começaram em um contêiner utilizado como alojamento de jovens atletas, foram intensificadas pela rápida propagação do fogo em materiais inflamáveis. Dez jovens morreram e três ficaram feridos.
O treinamento do elenco profissional, que estava agendado para aquela manhã, foi cancelado. Recentemente, o Flamengo firmou um acordo de indenização com a última família que ainda não havia sido contemplada, referente ao goleiro Christian Esmério.
Fonte: LANCE!