O jovem tenista brasileiro João Fonseca foi citado pelo Treinador italiano Jannik Sinner, Simone Vagnozzi, como um dos nomes que podem desafiar seu pupilo no futuro. Em entrevista ao jornal italiano Corriere Dello Sport, Vagnozzi analisou o cenário do tênis masculino e destacou o potencial de Fonseca e de outros jovens talentos.

Análise de Sinner e a nova geração
Vagnozzi comentou sobre a evolução de Sinner e a pressão que cercam os jovens tenistas. Ele revelou que a derrota de Sinner para Carlos Alcaraz na final do US Open não foi uma surpresa, pois Alcaraz estava em melhor momento. No entanto, ele ressaltou que Sinner tem conquistado grandes resultados e que a mídia às vezes o pinta como um jogador em crise, mesmo após vencer Grand Slams.
“A derrota em Nova York, na minha opinião, não é tão surpreendente. Naquela época, Carlos era melhor que Jannik psicologicamente, fisicamente e em termos de Tênis. Mas não podemos esquecer que ele também passou por cinco meses difíceis, e hoje estão tentando fazer Jannik parecer um jogador em crise, mesmo tendo vencido dois Grand Slams e chegado a finais todas as semanas”, declarou Vagnozzi.
O treinador também abordou as comparações entre Sinner e Alcaraz, destacando as diferenças culturais, mas enfatizando que ambos, aos 22 e 24 anos, estão focados em aprimoramento contínuo.
João Fonseca e outros talentos promissores
Ao ser questionado sobre o futuro do tênis, Simone Vagnozzi citou João Fonseca como um dos jogadores com grande potencial. Ele também mencionou outros nomes, como Tien e Mensik, destacando que, se Mensik evitar problemas físicos, tem capacidade para evoluir muito.
“Há muitos com potencial, até o Tien. Obviamente, tem o João Fonseca, embora eu goste muito do Mensik. Se ele não tiver problemas físicos, é alguém que pode melhorar muito. Depois, há fatores intangíveis. Pense no Jannik: agora todo mundo faz as vitórias dele parecerem normais. Quando comecei a trabalhar com ele, muita gente no mundo do tênis dizia que o Rune estava muito à frente. Você nunca sabe o quanto pode melhorar. Os caras estão lá, mas precisam dar passos largos para alcançar o Jannik e o Carlos”, afirmou Vagnozzi.

O futuro do tênis e a visão de Vagnozzi
O treinador também falou sobre seu futuro, expressando o desejo de continuar trabalhando com Jannik Sinner o máximo possível. Em um futuro mais distante, ele considera a possibilidade de motivar outro jogador, mas vê Sinner como seu último grande projeto.
“Este ano, o objetivo era vencer Wimbledon, e nós o alcançamos. Espero continuar com Jannik o máximo possível; veremos até onde chegamos. Num futuro distante, posso encontrar motivação em fazer a mesma coisa novamente com outro jogador. Então, talvez eu passe 15 anos com Sinner, e ele será meu último jogador. Espero que sim”, concluiu Vagnozzi.
Fonte: LANCE!