Israel é excluído do Mundial de Ginástica após CAS negar recurso

CAS nega recurso de Israel para o Mundial de Ginástica na Indonésia. Atletas não poderão competir após vistos serem negados.
Artem Dolgopyat, atual campeão mundial de Ginástica Artística, em destaque. Artem Dolgopyat, atual campeão mundial de Ginástica Artística, em destaque.

Israel está fora do Mundial de Ginástica em Jacarta, na Indonésia, que acontece entre os dias 19 e 25 de outubro. Nesta terça-feira (14), a Corte Arbitral do Esporte (CAS) negou um recurso israelense que pedia a mudança de sede ou o cancelamento da competição. Assim, o evento seguirá sem a presença dos ginastas israelenses, que tiveram seus vistos negados pelo governo do país sede.

Artem Dolgopyat, atual campeão mundial de Ginástica Artística
Artem Dolgopyat, atual campeão mundial de Ginástica Artística (Foto: Ina Fassbender/ AFP)

Entenda o caso

Israel havia inscrito seis atletas para a competição: Artem Dolgopyat, Eyal Indig, Ron Payatov, Lihie Raz, Yali Shoshani e Roni Shamay. Com a negação dos vistos, a Federação de Ginástica israelense entrou com dois recursos junto ao CAS. O primeiro, na sexta-feira (10), pedia a anulação da nota da Federação Internacional de Ginástica (FIG), organizadora do evento, que confirmava a ação do governo da Indonésia e cancelava a inscrição dos ginastas. Em seguida, na segunda-feira (13), Israel pediu ao CAS que garantisse a participação de seus atletas, transferisse a sede ou cancelasse o evento, solicitação que também não foi atendida pela entidade.

— Os pedidos de medidas provisórias urgentes foram analisados pelo Vice-Presidente da Divisão de Apelações do CAS, e ambos foram rejeitados. O primeiro recurso será encerrado por falta de jurisdição, enquanto o segundo ainda está em andamento — escreveu o CAS, em comunicado oficial.

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Artem Dolgopyat durante o Campeonato Europeu de Ginástica
Artem Dolgopyat no Campeonato europeu de ginástica (Foto: Reprodução/Instagram)

Contexto Político e Esportivo

A Indonésia, país de maioria muçulmana, não reconhece diplomaticamente o Estado de Israel e mantém essa política desde 1962. Em 2023, o país perdeu o direito de sediar a Copa do Mundo Sub-20 de Futebol devido à mesma política de restrição contra atletas israelenses.

O caso ocorre em um contexto de crescentes pressões internacionais para excluir Israel de competições esportivas. Em setembro, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, defendeu a proibição de Israel em eventos esportivos internacionais, comparando a situação com as sanções impostas à Rússia.

No final de setembro, especialistas em direitos humanos solicitaram o banimento de Israel de torneios internacionais de futebol. Tanto a UEFA quanto a Fifa não atenderam a esses pedidos. A FIFA justificou sua recusa afirmando que a entidade não pode “resolver problemas geopolíticos”, enquanto a UEFA engavetou solicitações semelhantes citando as negociações de paz em curso entre Hamas e o governo israelense.

Durante seu pronunciamento na ONU em setembro, o presidente indonésio criticou a “situação humanitária catastrófica” na Faixa de Gaza, defendendo a implementação da solução de dois Estados, mas também ressaltando a necessidade de garantir a segurança de Israel.

Fonte: LANCE!

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