Inter busca divisão do título do Brasileirão de 2005 com o Corinthians

Internacional trabalha para dividir o título do Brasileirão de 2005 com o Corinthians, reunindo documentos e depoimentos sobre a Máfia do Apito.
Edilson Pereira de Carvalho, o árbitro pivô do escândalo da Máfia do Apito em 2005, em foto. Edilson Pereira de Carvalho, o árbitro pivô do escândalo da Máfia do Apito em 2005, em foto.

O Internacional decidiu dar andamento ao projeto de ser reconhecido como campeão do Brasileirão de 2005, dividindo o título com o Corinthians. O clube gaúcho tem trabalhado nos bastidores, reunindo documentos e depoimentos para apresentar à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O caso Máfia do Apito

O tema ganhou força no Beira-Rio após o lançamento do documentário “Máfia do Apito”, do Sportv e Globoplay. O conselheiro Leonardo Aquino apresentou um pedido ao Conselho Deliberativo do clube para pleitear o título na entidade. O presidente Alessandro Barcellos deu permissão para o tema avançar.

Documentário Máfia do Apito foi apresentado pelo SporTV

O Inter, apesar de ciente da dificuldade, trabalha em diversas áreas na coleta de material, inclusive com a colaboração de Fernando Carvalho, mandatário à época. O clube junta evidências do período como base da argumentação. Os fatos passam por uma análise minuciosa dos jogos anulados de Inter e Corinthians, buscando demonstrar que a Arbitragem de Edilson Pereira de Carvalho — pivô do escândalo de manipulação de resultados —, não trouxe irregularidade nas decisões em si.

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Em 2005, o juiz Edilson Pereira de Carvalho foi preso por manipulação de resultados

Dualib reconhece injustiça

Em áudio reproduzido no documentário, o então presidente do Corinthians, Alberto Dualib, reconhece que o título deveria ter sido do Colorado. “Ganhou, mas se não fosse a merda da anulação dos 11 jogos, nós estávamos fora. O campeão de fato e direito seria o Internacional“, disse Dualib.

Quando o trabalho estiver concluído, os gaúchos apresentarão o material à CBF. O cuidado evita, inclusive, que se estipule prazo para a conclusão e posterior resposta. O pênalti não marcado em Tinga e a expulsão do volante no empate em 1 a 1 com o Corinthians no Pacaembu não está em debate. O objetivo de análise está nos jogos anulados. Os gaúchos reforçam que não pretendem que o Timão perca a conquista, mas que seja dividida.

Mafia do Apito: relembre o caso que anulou 11 partidas do Brasileiro 2005

Decisões similares

O Paulistão de 1973 teve o título dividido entre Santos e Portuguesa. Na ocasião, o árbitro Armando Marques errou a contagem de pênaltis na final. Em 2010, a CBF reconheceu a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão (disputados entre 1959 e 1970) como os nacionais e equiparados ao Brasileirão. Há dois anos, o Atlético-MG teve homologado o título conquistado em 1937 como campeão brasileiro.

Edilson Pereira de Carvalho, pivô do escândalo da Máfia do Apito em 2005
Edilson Pereira de Carvalho foi o pivô do escândalo da Máfia do Apito

Fonte: Globo Esporte

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