A Justiça do Estado do Rio de Janeiro absolveu os réus envolvidos no processo criminal que investigava as responsabilidades pelo incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo. A tragédia, ocorrida em 2019, vitimou dez jovens atletas e deixou outros três feridos.

Decisão em Primeira Instância
A decisão, proferida pela 36ª Vara Criminal da Capital, concluiu que não havia provas suficientes para comprovar a participação direta dos acusados no episódio. Esta sentença, no entanto, não é definitiva e cabe recurso.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) já anunciou que irá recorrer da absolvição, o que pode levar o caso a instâncias superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, em último caso, o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nos casos que rejeitada a denúncia, o Ministério Publico pode recorrer interpondo recurso que chamamos de recurso em sentido estrito direto ao Tribunal de Justiça para que seja determinado o recebimento da denuncia pelo Juiz de primeira instância. Nos casos que os réus acabaram sendo absolvidos, o Ministério Publico pode interpor recurso de apelação igualmente ao Tribunal de Justiça, mas para reverter a sentença absolutória, pleiteando pela condenação desses réus”, explicou um especialista consultado.

Relembre a Tragédia
O incêndio no CT Ninho do Urubu teve início por volta das cinco horas da manhã, quando um problema no sistema de ar-condicionado atingiu os alojamentos, onde os jovens atletas dormiam. A rápida propagação das chamas foi agravada pelo tipo de material utilizado na construção e pela estrutura do local.
O treinamento do Elenco profissional do Flamengo, agendado para aquela manhã de 8 de fevereiro de 2019, foi cancelado devido à tragédia. Recentemente, o clube carioca firmou acordo de indenização com a última família que ainda não havia sido contemplada, a do goleiro Christian Esmério.
Fonte: LANCE!