A tensão tomou conta da pequena Sevilla la Chica após incidentes em uma partida de futebol. Em resposta à invasão de campo e à violência, um grupo de jovens jogadores decidiu organizar um protesto inusitado: uma greve de futebol. A decisão foi tomada após uma reunião tensa do Comitê de Disciplina da Liga Intercentros, que ocorreu no bar local.

Comitê de Disciplina delibera em meio a polêmica
Os membros do comitê, Raquel Niebla (presidente), Álvaro Quincoces (chefe dos árbitros) e Laura Doreal (representante dos povos da serra), reuniram-se para decidir as punições. A atmosfera era de incerteza, com a comunidade local reunida do lado de fora do bar para acompanhar os desdobramentos. Renato, dono do bar e pai de Ocho, um dos jovens jogadores, insistiu que todos consumissem algo para permanecer no local, transformando a reunião oficial em um evento popular.
A discussão girava em torno da gravidade da invasão de campo e da violência crescente no esporte. Quincoces citou um incidente anterior com tomates em Serranillos, enquanto Doreal admitiu seu desconhecimento sobre Futebol, mas declarou apoio às decisões, gerando certa tensão com o chefe dos árbitros.

A decisão e o início da greve
A decisão final do comitê foi a de que o campo do Soto Alto ficaria fechado por oito partidas. Além disso, os cinquenta segundos restantes da partida seriam disputados no domingo seguinte, pela manhã, a portas fechadas, sem Público. Os treinadores, Alicia e Felipe, consideraram a decisão justa e imediatamente convocaram a equipe para treinar o córner crucial, visando a possibilidade de serem campeões da Liga.
No entanto, Helena, uma das jovens jogadoras, tomou a frente e declarou o início de uma greve. Com o apoio de outros oito colegas, ela confeccionou um grande cartaz com a palavra “HUELGA” e subiu na fonte da praça para anunciar o protesto contra a violência no Futebol. A iniciativa visava pressionar os adultos a se desculparem publicamente pela conduta em campo.
Reações e o futuro da liga
A greve dos jovens, apesar de simbólica, não foi levada a sério pelos membros do comitê, que a consideraram uma “iniciativa simpática”. Os treinadores expressaram compreensão, mas também lamentaram a possibilidade de perderem a chance de serem campeões da Liga e viajarem para o Caribe. Diante da divisão entre a paixão pelo Futebol e o protesto, os jogadores enfrentaram uma decisão difícil: treinar para a final ou manter a greve.
Apesar das incertezas, a iniciativa dos jovens de Sevilla la Chica lançou um debate sobre a necessidade de um futebol mais pacífico e respeitoso, com uma mensagem clara contra a violência e os insultos nas arquibancadas.
Fonte: AS España