O Plano Miami, que visa realizar jogos de la liga fora da Espanha, ainda enfrenta uma grande incógnita: a posição do Governo espanhol. Embora inicialmente muitos acreditassem que o governo não teria poder de decisão, o Conselho Superior de Desportos (CSD) segue estudando a possibilidade de vetar a iniciativa. Essa análise foi motivada pelo protesto do Real Madrid contra o projeto de Javier Tebas, presidente de la liga.
Real Madrid contesta o Plano Miami
Há dois meses, o Plano Miami está em debate no governo espanhol. Inicialmente, parecia que a ideia não seria contestada. No entanto, o Real Madrid enviou uma carta à FIFA, UEFA e CSD solicitando que não aprovassem o pedido de Villarreal e Barcelona para levar um jogo da primeira divisão para fora da Espanha. O clube alegou que tal partida teria uma “clara afetação à integridade desportiva e risco de adulteração da competição”. Durante esse período, o CSD tem avaliado o caso e, nesta segunda-feira, enviou uma solicitação de informações à Federação Espanhola de Futebol (RFEF) para verificar o respaldo jurídico.
Com essa ação, o CSD busca determinar se possui poder de veto sobre o projeto. Embora a maioria das partes envolvidas inicialmente acreditasse que a decisão estaria fora das competições do governo, focando a autorização apenas para jogos internacionais em solo espanhol, como a Copa do Mundo de 2030 ou finais de Champions League, a situação agora é incerta. Existe a possibilidade de que a palavra final pertença ao governo.
Posição do Governo Espanhol
Apesar de não se posicionar oficialmente sobre a permissão de jogos da Liga em Miami caso tenha competência para tal, a filosofia do Conselho Superior de Desportos é clara: a iniciativa não agrada. “Como Governo, estou atraindo competições internacionais para o meu país. Imaginem onde quero que as nacionais sejam disputadas. No meu país. Há grandes cidades. Sou partidária de que as competições nacionais sejam jogadas na Espanha”, declarou Pilar Alegría, ministra do Esporte, em entrevista.
Fonte: AS España