Após a vitória por 1 a 0 sobre o Racing, no jogo de ida da semifinal da Conmebol Libertadores, o técnico do Flamengo, Filipe Luís, adotou um tom cauteloso. Ele valorizou o resultado construído no Maracanã, mas ressaltou que a equipe não pode entrar em campo pensando em apenas empatar na partida de volta, na Argentina.
Vantagem simbólica e foco na vitória
Filipe Luís destacou que a vantagem é meramente simbólica e que a equipe deve buscar o triunfo como fez em outros jogos da competição. “Ela existe claro, mas ela é simbólica para nós ou para mim, eu não conto com ela. Vamos da mesma forma, tentar vencer da mesma forma que foi contra o Internacional, da mesma forma que foi com os Estudiantes e agora contra o Racing”, afirmou o treinador.
Ele elogiou a atuação da equipe, descrevendo-a como “completa em muitos aspectos”, com um time “maduro e que está com muita confiança”. O técnico também mencionou a força do Racing em contra-ataques e transições, lembrando de confrontos anteriores da equipe Argentina.
Destaque para Carrascal e estratégia tática
O comandante rubro-negro explicou a titularidade e o bom desempenho de Carrascal, que foi o autor do gol da vitória e movimentou o ataque flamenguista. “Primeiro, porque encaixava muito no plano de jogo do que eu pensava, onde poderíamos machucar a defesa do Racing e passava muito pela posição que o Carrascal estava ocupando no campo no primeiro tempo”, disse Filipe Luís.
Ele também detalhou a estratégia de substituições, pensando em Lino para o segundo tempo e em como isso se encaixaria no plano de jogo com o adversário mais cansado. “Optei por essa opção, o Carrascal, sabemos todos da qualidade que ele tem e que ele joga nas quatro posições do ataque, e está em um grande momento”, completou.
Expectativa para a partida de volta e análise do adversário
Filipe Luís projetou a partida de volta em Avellaneda, esperando um Racing “parecido”, mas com ajustes. Ele ressaltou a importância de não ter um árbitro protagonista e que o foco deve ser nos jogadores. “O que eu sinto é que o árbitro entra com a pressão do jogo e não do ambiente externo. Isso faz com que ele apite de forma serena, mesmo sendo um jogo muito tenso”, comentou sobre a arbitragem.
O técnico também avaliou a postura do Racing, descrevendo-o como um time “supervertical, tentando explorar as costas da defesa e agressivo na marcação”. Ele mencionou a dificuldade que o time argentino impõe aos adversários com suas transições e o poder de fogo.
Lesões, elenco e futuro
O treinador comentou sobre a situação de Pedro, que deixou a partida com uma lesão no braço, e a importância de ter um elenco completo para a reta final da temporada. A recuperação de jogadores como Leo Ortiz foi destacada como um “presente” para a equipe.
Sobre a bola aérea defensiva, Filipe Luís explicou que é uma característica do Racing, que explora bolas longas para seu atacante. Ele também defendeu o desempenho do time no primeiro tempo, considerando a exigência física e o pouco tempo de recuperação após o jogo contra o Palmeiras.
Filipe Luís ainda falou sobre a importância do trabalho de base, reforçando a conexão com os “Meninos do Ninho” e a dor que as famílias afetadas pela tragédia sentem. Ele se colocou à disposição para ajudar e garantiu que os jovens jogadores jamais serão esquecidos.
Fonte: Globo Esporte