A Federação Malaia de Futebol (FAM) contestou nesta terça-feira a decisão da Fifa, que acusou o órgão de manipular documentos para selecionar sete jogadores, incluindo Facundo Garcés. A FAM reitera que a descrição apresentada pela entidade máxima do Futebol é “inexacta” e que os jogadores são cidadãos malasios legítimos.
FAM contesta provas e alega erro administrativo
Em comunicado oficial, a FAM declarou que a FIFA carece de “provas sólidas” e que a alegação de que os jogadores obtiveram ou conheciam documentos falsos “carece de fundamento”. A federação explicou que as irregularidades na documentação apresentada para a seleção dos sete jogadores sancionados foram resultado de “uma apresentação incorreta, concretamente a um erro administrativo”. Um membro da equipe teria carregado equivocadamente documentos de um Agente em vez dos oficiais emitidos pelo Departamento Nacional de Registro.
A federação malaia já está em processo de preparação de um recurso. Para tal, confia na obtenção de toda a documentação governamental da Malásia, que inclui as certidões de nascimento dos familiares dos jogadores. “Uma apelação formal está sendo preparada, utilizando os documentos originais válidos e certificados pelo Governo da Malásia. A FAM apresentará um recurso oficial sobre esta conclusão e mantém seu compromisso de defender a integridade do futebol nacional com base em fatos e documentos autênticos”, afirmou o comunicado. 
Essa posição contrasta com a sentença emitida pela Fifa na segunda-feira, na qual indicava que os documentos haviam sido “falsificados e manipulados” com o objetivo de “alterar o local de nascimento” e, assim, “evadir e contornar o regulamento da FIFA para representar a Malásia”.
Suspensão cautelar de Garcés e prazos para apelação
Tanto a Federação Malaia quanto os jogadores envolvidos têm até a próxima quinta-feira para notificar a FIFA sobre a intenção de apelar da decisão. Posteriormente, terão mais cinco dias para apresentar os recursos pertinentes. Enquanto a situação não é resolvida, Facundo Garcés segue suspenso cautelarmente e não participará das atividades da equipe.
A regulamentação da FIFA sobre nacionalidade de jogadores exige que atletas representem seu país de origem ou de seus pais. Casos de manipulação documental visando burlar essas regras podem acarretar em pesadas sanções para os envolvidos e para as federações que as permitirem.
Fonte: Marca
