Luis de la Fuente enfrenta um dilema para a convocação do meio-campo da Seleção Espanhola para a Copa do Mundo de 2026. Com um grande número de talentos e perfis variados, o treinador terá que fazer escolhas difíceis, deixando de fora jogadores de alto nível. A Espanha possui um dos elencos mais recheados do mundo nesta posição, com 13 nomes em potencial para ocupar as seis ou sete vagas disponíveis no setor.
Os pilares e os candidatos de peso
Atualmente, Rodri se destaca como o grande pilar da equipe. Fundamental no Manchester City e na seleção, o jogador atingiu um patamar de maturidade que o credencia como um dos melhores volantes do mundo. Ele é o termômetro e o metônomo do jogo espanhol. Pedri, por sua vez, vive um momento de esplendor físico e técnico, sendo considerado uma peça-chave pela sua capacidade de criar jogadas.
Fabián Ruiz consolidou seu papel como um meio-campista promissor, com destaque no PSG e com a seleção, onde rende de forma excepcional. Estes três jogadores formariam a Base ideal para De la Fuente.
No entanto, nomes como Mikel Merino e Zubimendi ganham força. Merino é um curinga para o treinador, com seu físico, versatilidade e confiabilidade tática, sendo um recurso valioso para equilibrar partidas exigentes. Zubimendi é visto como o herdeiro natural de Rodri e tem mostrado grande evolução, com atuações consistentes que o colocam como forte candidato a uma vaga.
A disputa pelas vagas restantes
A maior concorrência se apresenta nas demais opções. Dani Olmo oferece verticalidade e uma boa relação com o gol, sendo útil em partidas mais fechadas. Contudo, lesões têm prejudicado sua regularidade.
Isco, revitalizado no Betis, demonstra talento para mudar o ritmo dos jogos, mas sua convocação dependerá do equilíbrio geral e de sua condição física, especialmente após uma fratura recente.
Gavi, uma aposta de De la Fuente, é uma incógnita devido a uma grave lesão, mas espera-se que esteja em forma a tempo para a competição. Pablo Barrios tem ganhado espaço com sua regularidade e perfil box-to-box, apresentando-se como uma nova opção.
Fermín López também agrada pela energia e agressividade, mas a falta de minutos no Barcelona pode impactar suas chances. Aleix García surge como alternativa para o setor com visão de jogo e bom passe. Jaureguizar e Marc Casadó representam apostas para o futuro.
Equilíbrio e estratégia definem as escolhas
A estratégia de De la Fuente se baseia na convivência de diferentes funções no meio-campo, e não apenas na qualidade individual. A escolha final dos jogadores dependerá de como os perfis se encaixam no esquema tático da equipe. A Espanha precisa de um volante posicional e de meio-campistas com capacidade de chegada, mas também de energia e ritmo defensivo.
Se Rodri estiver saudável, sua presença é inegociável. Fabián e Pedri também são peças fundamentais. Zubimendi oferece segurança defensiva, enquanto Merino traz intensidade e chegada ao ataque. A partir daí, as decisões serão ainda mais complexas, com opções como Isco, Olmo, Barrios e Fermín disputando as vagas restantes.
O calendário apertado da temporada 2025-26, com o novo formato da Champions League e a preparação para a Copa do Mundo, exigirá um planejamento cuidadoso para evitar o desgaste excessivo dos atletas.
O meio-campo espanhol vive um momento de grande saúde, com cérebro, pernas, talento e futuro. De la Fuente terá que equilibrar a experiência dos jogadores consagrados com o ímpeto da nova geração, um desafio complexo diante da abundância de opções.
Fonte: Marca