Eagle recorre contra Textor e o acusa de atos abusivos no comando do Botafogo

A Eagle recorreu da decisão inicial da Justiça do Rio que determinou a permanência de John Textor no comando do Botafogo até nova análise do processo. A manifestação da empresa ocorreu dez dias após o parecer em primeira instância.

Na petição, a Eagle Bidco contesta a decisão inicial que anulou algumas reuniões da SAF feitas por Textor em julho, mas o manteve no cargo de presidente do conselho e negou outros pedidos, como o de suspensão imediata dos poderes do americano. Além disso, os acionistas da empresa alegam que a decisão de manter Textor no comando alvinegro não foi pedida por nenhuma das partes. Pelo contrário, a Eagle queria impedir que ele continuasse tomando decisões em nome da SAF.

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No documento, a Eagle acusa Textor de usar a SAF do Botafogo para bancar seus outros clubes, com caixa único, o que colocou a empresa em risco financeiro, com prejuízo de R$ 174 milhões e dívidas de R$ 1,5 bilhão. Eles acrescentam que o americano pode tirar a Eagle Bidco do controle da SAF por meio de manobras jurídicas. A Eagle argumenta que Textor dissemina uma “falsa ideia” de que há um acordo amigável entre as partes – o que, segundo a empresa, não existe.

Em uma das partes do documento, a empresa alega que Textor “não atua em favor dos interesses da Companhia e de sua controladora; ao contrário, vem fazendo de tudo para implementar uma lúgubre artimanha societária — à moda “zé com zé” — para avançar na sua agenda pessoal”.

Com Base nessa justificativa, pede que o Poder Judiciário “coloque um freio” nos abusos do norte americano ao impedir a tomada de decisões sem autorização do diretor independente da companhia até a reanálise pelo tribunal.

Eagle se diz indefesa diante dos atos ilícitos, abusivos e temerários praticados por Textor no Botafogo — Eagle se diz indefesa diante “dos atos ilícitos, abusivos e temerários praticados por Textor”

Nesta semana, Textor escolheu o empresário americano Stephen Welch como novo diretor independente da Eagle. O executivo entra na vaga deixada por Christopher Mallon, que saiu do cargo no começo do mês por motivos pessoais. O nome foi um dos sugeridos pela Ares, principal credora do empresário.