O Botafogo empatou em 2 a 2 com o santos no Nilton Santos. O técnico Davide Ancelotti lamentou o resultado, citando a “pouca agressividade” da equipe como um fator determinante para a igualdade em casa, mesmo tendo saído na frente do placar em dois momentos.
Análise do jogo e escalação
— Um jogo que, na primeira etapa, começamos muito bem. Depois, tivemos pouca agressividade no bloco meio-baixo. Com cruzamentos pouco agressivos. Tomamos um Gol, mas seguimos jogando. Acho que com a bola conseguimos fazer um bom jogo. Marcamos o segundo e tivemos oportunidade para fazer o terceiro. Começamos bem a segunda etapa, até que cometemos um pênalti. Depois ficou difícil, mas o time tentou até o final — analisou Davide.
O treinador justificou a surpresa na Escalação do volante de origem Newton como zagueiro, ao lado de Alexander Barboza. Segundo ele, a escolha foi pela necessidade de um jogador mais rápido com boa saída de bola.
— Precisava de um jogador mais rápido do lado do Barboza, porque queria um jogador de boa saída de bola. O trabalho defensivo dos dois atacantes do santos não é muito forte, então podíamos ter essa oportunidade de ter uma saída de bola bastante limpa, fácil, e acho que foi assim. Com Marlon (Freitas), Newton e Barboza tivemos, na primeira e na segunda etapas, uma saída de bola bastante fácil. No meio, acho que o problema foi mais de passividade nos corredores laterais, não muito de energia no meio. Foi mais um problema de corrigir um pouco as posições, acho que fizemos bem depois dos 30 da primeira etapa, da pausa, e começamos bem o segundo tempo. Essa foi a minha leitura, mas tenho que tomar decisões. Gabriel é um jogador profissional que treina bem, só tem má sorte que o treinador não o colocou hoje — declarou.
Lesões e sequência de jogos
O treinador também comentou sobre o alto número de jogadores lesionados no Botafogo, citando a sequência intensa de jogos como principal causa. Lesões de atletas como Danilo, Marçal e Matheus Martins foram mencionadas.
— Temos muitas lesões porque temos uma sequência de jogos muito grande, jogadores com histórico de lesões importantes. Se você vai ver, jogadores como Danilo, Marçal, Matheus (Martins)… Temos jogadores que se machucam, mas acontece. Temos um ritmo muito alto de jogos, as lesões acontecem. Temos outros times também desfalcados no campeonato. Acho que é por isso, sobretudo. Pela sequência de jogos que temos, porque treinamos pouco e são treinos de recuperação. Às vezes são dois, no máximo três treinos antes de um jogo.
Objetivo na Libertadores e avaliação do trabalho
Davide Ancelotti reafirmou a Libertadores como um objetivo vital para o clube, enfatizando a necessidade de todos no elenco jogarem com essa mentalidade. Sobre sua própria avaliação, o técnico prefere esperar o fim do trabalho, mas admitiu que não é um processo perfeito.
— Com relação a Libertadores, posso dizer que somos conscientes de que esse é um objetivo vital para o futuro do clube. Não estamos jogando para nós. Todos temos que entrar no campo com essa mentalidade. Sobre a minha avaliação, temos que esperar até o final do trabalho. Mas claro que não é um trabalho perfeito.
Motivação e próximo confronto
O técnico abordou a dificuldade em obter resultados positivos em casa e a necessidade de reagir para conquistar a torcida. Ele também comentou sobre o próximo confronto contra o Mirassol, considerando-o importante, mas não decisivo.
— O importante é a reação do Botafogo com a sua torcida. O torcedor do Botafogo é frustrado porque não conseguimos ganhar em casa. Para mim, eu entendo. A gente que tem que provocar uma reação na torcida. É um jogo importante. Não vai ser decisivo, mas vai ser importante. Tem muitos times brigando por essa vaga e acho que vai ser assim até o último jogo.
Fonte: Globo Esporte