Piccini lamenta saída do Valencia: 'Fui tonto por ter ido pelo dinheiro'

O ex-jogador Cristiano Piccini, que encerrou sua carreira aos 33 anos em setembro, relembrou sua passagem pelo Valencia e admitiu arrependimento por ter deixado o clube espanhol em busca de melhores condições financeiras. Em Entrevista, ele confessou que sua decisão de se transferir para o Estrela Vermelha foi equivocada.

Carreira marcada por lesões e clubes diversos

Piccini teve uma trajetória longa e com muitas mudanças, passando por 13 clubes em seis países diferentes. Sua carreira foi significativamente impactada por Lesões, especialmente uma grave ruptura na rótula que o afastou dos gramados por quase dois anos. Ele chegou ao Betis após várias temporadas de empréstimo pela Fiorentina, onde, segundo ele, não estava totalmente preparado para o profissionalismo e vivia um estilo de vida que prejudicava seu desempenho.

Após um bom período no Betis, onde conquistou a Copa do Rei em 2019, a Lesão na rótula marcou uma virada em sua carreira. Mesmo com o clube valenciano oferecendo suporte durante sua recuperação, a oferta do Estrela Vermelha o seduziu.

“Fui tonto porque me fui por dinheiro e a los seis meses já queria irme del Estrella Roja”

“Fui tonto porque me fui por dinheiro e aos seis meses já queria ir-me do Estrela Vermelha”, confessou Piccini, revelando que a experiência não foi como esperava. Ele também mencionou um período difícil na Atalanta, onde se sentiu “abandonado” e não estava fisicamente apto para a Transferência.

O Retorno ao Valencia e a Recusa de Renovação

Mesmo com as adversidades, Piccini retornou ao Valencia em busca de recuperação e, surpreendentemente, conseguiu voltar a jogar e até marcou um gol importante contra o Elche. No entanto, seu contrato estava no fim e o clube não demonstrou intenção de renová-lo, citando a contratação de outros jogadores para sua posição e o alto salário que ele recebia devido ao contrato original da época da classificação para a Champions League.

Diante da falta de renovação, Piccini aceitou uma oferta do Estrela Vermelha, que lhe oferecia um contrato longo e financeiramente vantajoso. No entanto, a experiência no clube sérvio foi decepcionante, com um campeonato de baixo nível técnico e pouca motivação, o que o levou a pedir a rescisão do contrato.

“En la Atalanta dije: ‘Al carajo el dinero’… Me volví a Valencia y estuve seis meses sin cobrar”

Piccini ainda passou por outros clubes, como Magdeburgo, Sampdoria e San Luis, no México, mas as lesões persistiram, impactando sua condição física e mental. Sua última passagem foi pelo Yverdon, da Suíça, onde voltou a sentir o prazer de jogar, mas uma nova lesão na tíbia encerrou sua temporada e, consequentemente, sua carreira.

Vida Pós-Futebol

Atualmente morando em Valência, Piccini encontrou um novo rumo profissional como Global Football Advisor em um grupo holandês que adquire clubes. Ele se diz feliz com essa nova fase, viajando e avaliando oportunidades no mundo do futebol, um ambiente que ele conhece profundamente.

O ex-jogador também relembrou com carinho o homenagem que recebeu no Mestalla, reconhecendo que, apesar de não ter sido uma lenda do clube, o carinho da torcida valenciana se deu mais por sua personalidade honesta e pela dedicação demonstrada em campo. Ele expressou que, se pudesse continuar jogando em um ambiente como o do Valencia, talvez não tivesse se aposentado.

“Cuando los resultados no llegan tienes que tener los huevos para jugar con la camiseta del Valencia”, afirmou, valorizando a força mental necessária para atuar em um clube de grande pressão como o Valencia.

Fonte: AS España