Champions League Feminina: Disney+ melhora cobertura com câmeras e comentaristas

Disney+ investe em nova cobertura para a Champions League Feminina, com mais câmeras e comentaristas de peso. Analisamos os pontos fortes e fracos.
Champions League Feminina Disney+ — foto ilustrativa Champions League Feminina Disney+ — foto ilustrativa

A Champions League Feminina ganhou uma nova roupagem nesta semana com a estreia da cobertura ao vivo pela Disney+. A plataforma de Streaming, que firmou um acordo de cinco anos, inicia sua jornada no torneio com a promessa de aprimorar a experiência do torcedor, que espera um retorno sobre o investimento em suas assinaturas.

Melhorias na Transmissão

Do ponto de vista da exibição em campo, houve uma melhora notável. Cada partida conta com um mínimo de seis câmeras, o dobro do estabelecido no acordo anterior com a Dazn. Embora ainda distante das dezenas de ângulos disponíveis nas transmissões masculinas da Champions League, é um avanço significativo. Em jogos como o da Juventus contra o Benfica, as reprises mostraram quatro ângulos distintos, complementados pela narração e comentários de nomes experientes como Jacqui Oatley e Anita Asante.

A escolha do elenco de comentaristas é um dos pontos altos da Disney+. A plataforma apostou em profissionais com conhecimento e credibilidade, como Lucy Ward, Lianne Sanderson e Vicki Sparks. A presença de Jeanette Kwakye, apresentadora principal do Mundial de Atletismo da BBC, como âncora direto do Leigh Sports Village reforça a impressão de contratações bem-sucedidas.

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Jacqui Oatley e Anita Asante comentando partida da Champions League Feminina
Comentaristas de peso marcam presença nas transmissões da Disney+.

Desafios na Apresentação e Estrutura

Apesar dos avanços na narração e comentários, a apresentação em campo ainda apresenta desafios. As equipes de transmissão surgem com mesas modestas em campo, em vez de um estúdio moderno e elaborado, como alguns poderiam esperar nesta nova fase. Em jogos como Arsenal x OL Lyon, Alex Scott e Fara Williams tiveram pessoas passando repetidamente em seus planos de fundo durante a análise.

Essa situação, que pode dar uma sensação de proximidade para alguns, pode parecer simplória para outros. A Disney+ investiu em talentos de ponta para a narração, mas a produção visual ainda busca alcançar o mesmo calibre. No entanto, a expectativa é que um programa de estúdio dedicado seja implementado a partir de dezembro, coincidindo com a sexta rodada da fase de grupos, quando todas as 18 equipes jogarão simultaneamente.

Alex Scott e Fara Williams analisando lance da Champions League Feminina
Apresentadoras em campo, aguardando por um estúdio dedicado.

A escala da tarefa da Disney+ é imensa, e sua ambição deve ser aplaudida. Cada partida conta com uma equipe de apresentação em campo, com 20 minutos de pré-jogo e meia hora de pós-jogo. Essa abordagem de oferecer os mesmos recursos para todos os jogos da fase de grupos, independentemente do confronto, foi um fator importante para a UEFA, tratando equipes como o St. Pölten e o Barcelona com a mesma atenção.

Um ponto que pode ter decepcionado os espectadores europeus é que a apresentação em campo foi inicialmente apenas em inglês. No entanto, transmissões em vários idiomas estarão disponíveis para as fases eliminatórias. Atualmente, uma variedade impressionante de idiomas já é oferecida. Por exemplo, a vitória do Barcelona por 7 a 1 sobre o Bayern de Munique pode ser revista em inglês, espanhol, alemão, dinamarquês e polonês, e a vitória do Lyon sobre o Arsenal pode ser assistida em holandês, norueguês e sueco, além de inglês e francês. Um grande ponto positivo.

Estratégia de Conteúdo e Potencial de Crescimento

A brevidade do aquecimento para jogos de grande porte, como o confronto entre a atual campeã e a oito vezes vencedora, pode gerar frustração nos fãs de clubes tradicionais. Essa falta de tempo para pacotes de vídeo, narrações dramáticas ou entrevistas aprofundadas com jogadoras pode ser sentida. Nos Estados Unidos, a cobertura da CBS estabeleceu um padrão impressionante, com uma produção que se assemelha à da Champions League masculina.

Jogadora Millie Bright em ação na Champions League Feminina
Potencial de engajamento através de conteúdo culturalmente relevante.

Não seria justo acusar a Disney+ de cortar custos. Enviar equipes de apresentação para cada partida não é barato. No entanto, com equipes de narração fora do local, parece que as prioridades podem estar invertidas. A ausência de um entrevistador dedicado após a partida obrigou apresentadoras a assumirem essa função, prolongando o tempo de tela após o apito final.

Pequenos falhas técnicas e pausas estranhas ocorreram em algumas partidas. A dupla de transmissão em Turim, Ben Haines e Ellen White, demonstrou perspicácia e conhecimento em sua análise do intervalo, mas apenas após a conexão ser estabelecida. Inicialmente, os espectadores viram imagens do campo e repetições dos gols sem narração. Esses problemas técnicos iniciais devem ser resolvidos antes da próxima rodada de jogos.

Os maiores ganhos a longo prazo podem vir de outras fontes. Vídeos de Millie Bright esquecendo estrelas de Grey’s Anatomy enquanto tentava fazer embaixadinhas nas redes sociais proporcionam o tipo de crossover cultural que a UEFA espera atrair mais fãs e impulsionar o esporte. A jornada para atingir esse objetivo ainda é longa.

Fonte: The Guardian

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