O CEO do Espanyol, Mao Ye, concedeu Entrevista à rádio RAC1 por ocasião do 125º aniversário do clube. Na conversa, ele abordou a atualidade do time catalão, o sentimento de pertencimento à família periquita e o processo de venda do clube. Mao Ye descartou explicitamente a realização de uma ampliação de capital nos próximos meses, mas reiterou o objetivo de crescimento a médio e longo prazo. Ele também elogiou a integração do grupo liderado por Alan Pace, destacando a transparência e sinceridade no processo de aquisição parcial.
Sentimento familiar pelo Espanyol
Mao Ye compartilhou sua perspectiva pessoal sobre o Espanyol, explicando que sua conexão com o clube começou profissionalmente há uma década. Ele narrou como o clube se tornou uma paixão familiar, levando seus filhos e presenteando seu avô com a primeira camisa. “Cada família perica tem suas histórias, o Espanyol é uma família. O Espanyol reúne muito bem esses valores familiares”, declarou o CEO, ressaltando a importância dos laços afetivos com o clube.
Processo de venda e integração
Sobre a venda parcial do clube, Mao Ye descreveu o processo como “sincero e transparente”. Ele destacou que a Rastar continua como parte do acionariado do grupo controlador e que a integração com o grupo Velocity, liderado por Alan Pace, tem sido facilitada. “É uma operação complexa corporativamente falando. Não é uma venda total, é parcial. (…) A forma de trabalhar é fácil”, afirmou, indicando que as equipes compartilham “conceitos básicos de gestão” e trabalham em conjunto para o futuro do Espanyol.
Crescimento sem ampliação de capital imediata
Apesar de o objetivo do clube ser o crescimento, Mao Ye foi categórico ao afirmar que “não tem previsto a curto prazo uma ampliação de capital”. Ele ressaltou a necessidade de “trabalhar para ter um orçamento mais amplo” com uma “visão a médio-longo prazo”, evitando “crescer e depois afundar”. A prioridade é “dar passos sólidos para o futuro” do Espanyol.
Situação atual e ambições da equipe
O CEO comentou sobre o desempenho da equipe na temporada, expressando que o objetivo inicial era “não sofrer tanto” quanto no ano anterior, visando uma posição na “meia tabela”, entre o nono e décimo lugar. Ele admitiu que a atual quarta ou quinta posição “não imaginávamos”, demonstrando surpresa positiva com a campanha. A aspiração europeia, no entanto, é tratada com cautela para “acalmar a todos”.
Superação após o acesso
Mao Ye relembrou a emoção e o alívio sentidos após o último acesso do Espanyol à elite. “É o sofrimento prévio. Podia passar de tudo, todos éramos conscientes. A parte de sentimentos pessoais me tirou um peso de cima profissionalmente”, confessou. Ele revelou que, em caso de não acesso, haveria “recortes em todos os lados”, e a primeira atitude após a confirmação foi “dizer ao diretor financeiro que apagasse o Excel com o plano B”.
Fonte: AS España