Thairo Arruda, CEO do Botafogo, revelou a situação financeira delicada do clube em assembleia extraordinária realizada com conselheiros em General Severiano. Em sua fala, o executivo detalhou que o Alvinegro possui garantias financeiras apenas até o fim do ano.
Durante a reunião, que durou mais de uma hora e meia, Arruda respondeu a 30 questionamentos prévios enviados por conselheiros. Muitas das perguntas focavam em finanças, governança e a gestão de John Textor em relação às dívidas do clube.
Situação Financeira do Botafogo
Thairo Arruda admitiu que o Botafogo não tem fundos suficientes em caixa para cobrir todas as despesas até o final do ano. Inicialmente, ele mencionou que o caixa seria suficiente apenas até outubro, mas que uma manobra financeira possibilitaria a quitação de compromissos até dezembro. Ele explicou que existem estratégias para antecipar receitas, gerando renda a curto prazo, mas que tal prática comprometeria o caixa para 2026.
O ideal, segundo o CEO, seria um aporte de R$ 350 milhões para que o clube possa competir de forma mais sólida na próxima temporada. A responsabilidade por esse investimento recai sobre o controlador do clube, John Textor.
Dívidas e Gestão do clube
A dívida total do Botafogo, segundo Thairo Arruda, soma R$ 700 milhões, conforme estabelecido no acordo de acionistas. Desse montante, R$ 300 milhões referem-se a impostos, R$ 330 milhões são devidos a clubes brasileiros e os R$ 70 milhões restantes englobam outras dívidas.
Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente do clube, também se pronunciou, abordando o momento atual da SAF. Ele reconheceu a temporada irregular do Botafogo, mas enfatizou que o clube social deve se envolver o mínimo possível nas decisões do futebol.
Fonte: Globo Esporte