Líder de fato e agora também de direito, Casemiro reassume a braçadeira de capitão da Seleção Brasileira nos amistosos. O Volante voltou a ser convocado sob o comando de Carlo Ancelotti e, aos poucos, recuperou o protagonismo com a camisa amarela, tanto pela performance em campo quanto pela sua liderança.
Casemiro volta a ser capitão
A decisão de Carlo Ancelotti, diante da ausência de Alisson e Marquinhos na Data Fifa de outubro, reconduz a faixa de capitão para o braço de Casemiro. Ele foi o capitão da Seleção nos seis primeiros jogos após a Copa do Catar, sob o comando de Ramon Menezes e Fernando Diniz. A última vez que vestiu a braçadeira foi contra o Uruguai em Montevidéu, em 17 de outubro de 2023.
Será a 17ª vez que Casemiro entrará em campo como capitão da Seleção. A primeira ocasião foi contra a Bolívia em outubro de 2017, por escolha de Tite. O volante está acostumado com a responsabilidade e a assume para si:
“Sou dos jogadores que pensa que existe vários líderes, várias formas de liderar. Cada um faz a sua liderança. Eu gosto de dar mais exemplos de como fazer. Como chegar, como estar, aonde estar, como trabalhar…”
“Sem dúvidas, a minha relação com o treinador, que conheço há mais de dez anos, gera uma afinidade maior, mas gosto de demonstrar. Ser o primeiro, estar na academia, dar o exemplo aos mais jovens. O tempo de casa e por já ter jogado duas Copas do Mundo, você transmite o que fazer e o que não fazer. Mas quando se trata de Seleção, são jogadores consolidados e você só ajusta um pouco mais. Essa é a minha forma de liderar.”, explicou o jogador.
Preparação para 2026
Com a experiência de 14 anos na Seleção, 78 jogos e duas Copas do Mundo disputadas, Casemiro analisou a programação da equipe até o Mundial de 2026. Para ele, diversificar os desafios é crucial para evitar surpresas em um torneio de mata-mata.
“É muito importante diversificar a dinâmica de adversário. Com todo o respeito a outras seleções, Coreia e Japão são as principais seleções (da Ásia). Estamos jogando contra seleções de alto nível e é importante para conhecer a escola, saber o nível que estão, ver como está o adversário. É importantíssimo diversificar, se tratando de Copa do Mundo, serão muitos rivais que você não sabe quem vai enfrentar”, afirmou.
O jogador também comentou sobre a formação do meio de campo:
“O que muda é o que o treinador pede de acordo com o adversário. Se você joga com Joelinton e Bruno Guimarães, você tem um meio de campo mais forte. Se você joga com Paquetá, é forte com mais qualidade…. Depende muito mais do adversário do que de nós. Para mim, não muda muito. Jogando com dois ou com três, teoricamente eu vou ser o jogador que vai dar o equilíbrio sem passar da linha da bola, parar o contra-ataque. Há os ajustes do treinador para determinada equipe, mas não muda muito meu posicionamento.”
Sobre ser insubstituível:
“Cada jogador tem a sua característica e gosta de fazer um posicionamento, uma adaptação dentro do campo. Se fosse para eu falar um nome de característica, falaria do Fabinho, que está no Mundo Árabe, mas tem um estilo de jogo parecido. Quando você nos perde, tem que mudar um pouco a característica, jogando com dois volantes, como a maioria do clube faz. O que determina é o que o treinador quer… Se você monta o time com Casemiro e não tem esse jogador, você acaba sentindo falta. Dos jogadores que ele trouxe, se for ter que colocar outro teria que mudar o esquema por não ter um jogador mais número 5.”
Comparação com ciclo anterior
Ao comparar o momento atual com o ciclo para a Copa de 2022, Casemiro avalia que a equipe está um pouco atrás, reconhecendo o pouco tempo de trabalho de Ancelotti.
“Diria que nós estamos um pouco atrás, se for comparar os ciclos. Até mesmo pelo treinador estar há três meses e que trabalhou conosco por 20, 30 dias… É inevitável e temos que ser sinceros. Mas somos a seleção brasileira, com jogadores de alto nível, nos melhores clubes da Europa, e adaptação é mais rápida. Comparando com o outro ciclo, estamos um pouco atrás. Até a Copa do Mundo, vamos ter 40, 50 dias com o Mister. É pouco.”, disse.
Com Casemiro como capitão, o Brasil enfrenta a Coreia do Sul nesta sexta-feira, às 8h (de Brasília), no Seoul World Cup Stadium.
Fonte: Globo Esporte