O torcedor do Flamengo pode ter se acostumado a placares elásticos em semifinais da Libertadores, mas a partida contra o Racing foi exatamente o que se esperava. Em um confronto duro e de muita disputa, a estrela de Carrascal, a grande novidade da Escalação, brilhou, garantindo a vitória por 1 a 0 e deixando claro seu valor para ser titular.
Carrascal se destaca em noite de estreia na Libertadores
O colombiano demonstrou confiança em sua primeira partida como titular na Libertadores. O Maracanã, com mais de 71 mil torcedores, não o intimidou; pelo contrário, serviu de combustível para uma atuação de gala, coroada com o Gol da vitória. Carrascal se adaptou bem a todas as quatro posições do ataque, flutuando pelo campo e mostrando sintonia com os companheiros.
A vantagem mínima obtida pelo Flamengo foi recebida com confiança pela torcida, que aplaudiu e cantou “seremos campeões”. Apesar das chances criadas, o placar de 1 a 0 foi considerado merecido antes do duelo de volta na Argentina.
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Filipe Luís promoveu três mudanças na equipe titular em relação ao jogo contra o Palmeiras. Varela, Danilo e Carrascal entraram nas vagas de Emerson Royal, Léo Ortiz e Samuel Lino, respectivamente. Enquanto Danilo e Carrascal tiveram boas atuações, Varela não conseguiu o mesmo desempenho, e o lado direito do ataque rubro-negro funcionou pouco.
A sintonia entre Arrascaeta e Carrascal foi evidente, sugerindo que a dupla pode atuar junta com frequência. Mesmo atuando inicialmente pelo lado esquerdo, o uruguaio participou de diversas associações com o colombiano.
Se a dependência de Arrascaeta e Pedro era uma preocupação, a partida mostrou que o Flamengo pode ter outras fontes de solução. As substituições de Filipe Luís foram cruciais para a equipe retomar o controle do jogo. Samuel Lino e Plata entraram bem, melhorando a dinâmica ofensiva.
“O Carrascal encaixava muito no plano de jogo do que eu pensava, onde poderíamos machucar a defesa do Racing e passava muito pela posição que o Carrascal estava ocupando no campo no primeiro tempo. E também pensando numa troca, numa eventual troca no segundo tempo, para o Lino já pegar o lateral mais cansado, com o jogo mais aberto, eu acredito que funcionaria melhor com essa estratégia”, avaliou o treinador.
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Primeiro tempo de sustos e pouca criatividade
Os erros do Flamengo quase custaram caro. O Racing apresentou uma atuação tática e fisicamente sólida, aproveitando as saídas erradas de bola, como as de Jorginho, para criar chances. A primeira oportunidade clara do Flamengo surgiu aos 15 minutos, com Carrascal invadindo a área, mas o goleiro adversário defendeu.
O goleiro Rossi foi crucial para o Racing, salvando o time em lances perigosos, incluindo uma chance clara que nasceu de um escanteio, alertando para a necessidade de atenção na bola parada no jogo de volta. A dificuldade de infiltração do Flamengo e as transições lentas permitiram que a defesa argentina se mantivesse sólida. Arrascaeta acertou a trave aos 20 minutos, e Pedro perdeu duas grandes oportunidades no final do primeiro tempo.
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Segundo tempo de pressão e gol decisivo
As mudanças de Filipe Luís no intervalo, com Ayrton Lucas e Plata entrando nas vagas de Alex Sandro e Luiz Araújo, buscaram melhorar a dinâmica ofensiva e explorar o corredor esquerdo do Racing, o que surtiu efeito.
Carrascal atuou mais recuado para dar espaço a Arrascaeta, enquanto Lino e Bruno Henrique entraram nas vagas de Arrascaeta e Pedro. O jogo ficou mais aberto, e o colombiano apareceu mais pela direita. A torcida pressionava por um gol, e os cantos por “Mengo” se intensificaram.
O meio-campo, que havia funcionado bem contra o Palmeiras, mostrou dificuldades contra o Racing. Jorginho e Pulgar apoiaram menos, facilitando as transições lentas do Flamengo. Pulgar se destacou em um passe para Samuel Lino, que marcou, mas estava impedido.
Apesar das escolhas de jogadas nem sempre ideais, a persistência do Flamengo foi recompensada. Um lance iniciado por Carrascal resultou em Bruno Henrique perdendo uma chance clara, mas no rebote, o próprio colombiano marcou o gol da vitória.
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Ao final da partida, a sensação era de que o placar de 1 a 0 era justo, dada a dificuldade do confronto. Filipe Luís descreveu a vantagem como simbólica, mas destacou a maturidade e confiança da equipe.
“A vantagem é simbólica. Ela existe claro, mas ela é simbólica para nós ou para mim, eu não conto com ela. Vamos da mesma forma, tentar vencer da mesma forma que foi contra o Internacional, da mesma forma que foi com os Estudiantes e agora contra o Racing. Sabíamos da força do Racing, principalmente nos contra-ataques, das transições muito forte que eles têm, todos vimos contra o Fortaleza na fase de grupos, todos vimos na Recopa, contra o Botafogo, o poder que esse time tem em transições. Então é importante construir essa vitória, criar chances, e assim fizemos. Criamos as chances, o gol veio no final, queria que o gol tivessem vindo antes, mas foi um jogo completo em muitos aspectos da equipe, uma equipe madura e que está com muita confiança”, disse o técnico.
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Fonte: Globo Esporte