O imbróglio entre a SAF Botafogo e a Eagle está longe do fim. Uma das disputas na Justiça envolve o poder de comando do clube Carioca. Em petição recente, a companhia recorreu contra a manutenção de John Textor no controle, acusando-o de “atos abusivos e ilegais” e solicitando que ele seja impedido de tomar decisões sem o consentimento do diretor independente.
Alerta Financeiro e Gestão Questionada
A empresa Eagle alega dificuldades em compreender a situação financeira atual do clube brasileiro. No entanto, manifestações públicas sobre a necessidade de investimento indicam um cenário preocupante. O CEO da SAF, Thairo Arruda, mencionou em reunião do Conselho Deliberativo que, embora haja caixa para honrar os compromissos até dezembro de 2025, novos aportes serão necessários para manter o clube competitivo em 2026.
A Eagle demonstra desconfiança em relação a Textor, apesar de suas declarações de que a disputa estaria encerrada. A empresa baseia suas preocupações no histórico de gestão de Textor no Lyon, onde o clube francês enfrentou irregularidades financeiras e foi rebaixado à segunda divisão por questões administrativas, conforme detalhado em documentos judiciais.
Lições do Lyon e Dívidas
A Eagle relembrou falas de Textor sobre a situação financeira do Lyon em 2024. Na época, ele afirmou que o clube não seria rebaixado e possuía saúde financeira, citando contribuições de capital e venda de ativos. No entanto, a DNCG anunciou o Rebaixamento do Lyon devido a uma dívida de quase R$ 3,5 bilhões e falta de transparência.
O documento da Eagle destaca que a injeção financeira emergencial para reverter o rebaixamento do Lyon não contou com a participação de Textor. Foram identificadas falhas financeiras, especialmente em transações intragrupo. A empresa acusa Textor de “usar e abusar do cargo de administrador da SAF Botafogo” para privilegiar interesses próprios, interferindo em contratações e movimentações financeiras.
Futuro Incerto
Ainda não há previsão para um novo julgamento do caso. A Eagle e outros acionistas temem que a situação atual possa impactar negativamente o futuro do Botafogo, com consequências esportivas e financeiras que se estenderiam por toda a rede de clubes.
Fonte: Globo Esporte