O Atlético de Madrid, conhecido por sua força em jogadas de bola parada, tem visto essa arma se tornar um problema na temporada de 2025. Apesar de ser alertado sobre a eficiência do Arsenal em lances de estratégia, o time da capital espanhola voltou de Londres com duas surpresas desagradáveis. A primeira foi a falta de água quente nos vestiários após os treinos, e a segunda, mais impactante, veio do campo: jogadas de bola parada que antes definiam o time e o tornavam letal, agora o prejudicam ou, na melhor das hipóteses, o deixam em uma situação neutra.
Bola Parada: De Ponto Forte a Trauma
Na temporada passada, o saldo de gols em Bolas Paradas para o Atlético de Madrid foi de apenas +2, com 12 gols marcados e 10 sofridos. Na atual temporada (23-24), o cenário se mantém semelhante, com um balanço de +3, 11 gols a favor e 8 contra. Isso ocorre mesmo com jogadores de estatura considerável no Elenco, como Sorloth (1,95m) e os zagueiros Le Normand (1,87m) e Giménez (1,85m), além da contratação de jogadores com bom toque de bola, como Julián Álvarez e Baena. Com um quarto da temporada já disputado, o time de Simeone demonstra que as bolas paradas ainda representam um empate técnico: seis gols marcados contra cinco sofridos, um saldo de +1.
Análise Detalhada dos Gols de Bola Parada
Dos cinco gols marcados em bolas paradas nesta temporada, quatro foram em competições nacionais: dois de falta direta de Julián Álvarez (contra o Espanyol e o Real Madrid), um de falta indireta de Le Normand (contra o Real Madrid) e um de arremesso lateral de Sorloth (também contra o Real Madrid). Na Champions League, os dois gols foram oriundos de escanteios, marcados por Le Normand e Giuliano. Por outro lado, o time sofreu cinco gols em bolas paradas: um na Liga (de falta, contra o Espanyol) e quatro na Champions League (dois de escanteio e dois de falta).
O número atual de gols marcados em bolas paradas nas duas últimas temporadas e pouco mais não se compara aos gols que o Atlético de Madrid celebrou em uma única temporada: a de 2013-14, ano da primeira Liga conquistada por Diego Simeone como treinador, sob a orientação tática de Mono Burgos. Naquela campanha histórica, o time marcou impressionantes 33 gols em bolas paradas (18 na Liga, 10 na Champions e 5 na Copa do Rei), sofrendo apenas oito. O saldo positivo de +25, visto em retrospecto, causa um misto de nostalgia e frustração.
O Legado de uma Geração de Ouro
Na temporada 2013-14, jogadores como Gabi, Godín, Filipe Luís, Tiago, Diego Costa, Miranda e outros formavam um verdadeiro exército em jogadas de bola parada. Eles não eram apenas jogadores, mas uma unidade tática implacável. Naquela campanha, marcaram 33 gols de bola parada: 18 na Liga (13 de escanteio, 5 de falta indireta), 10 na Champions League (4 de escanteio, 5 de falta, 1 de arremesso lateral) e 5 na Copa do Rei (3 de escanteio, 2 de falta). O saldo defensivo também era notável, com apenas oito gols sofridos. Esse desempenho contrasta drasticamente com a realidade atual, onde a bola parada se tornou um ponto de atenção negativa para o Atlético de Madrid.
Fonte: AS España