Árbitro pode desligar microfone no Brasileirão? Análise das falas de Gómez e Abel

Gustavo Gómez e Abel Ferreira acusam árbitro Wilton Pereira Sampaio de desligar microfone no Brasileirão. Entenda o que dizem as regras e fontes da arbitragem.
Gustavo Gómez, zagueiro do Palmeiras, em momento de reclamação com o árbitro Wilton Pereira Sampaio durante partida do Brasileirão. Gustavo Gómez, zagueiro do Palmeiras, em momento de reclamação com o árbitro Wilton Pereira Sampaio durante partida do Brasileirão.
RJ - RIO DE JANEIRO - 19/10/2025 - BRASILEIRO A 2025, FLAMENGO X PALMEIRAS - Gustavo Gomez jogador do Palmeiras reclama com a arbitragem durante partida contra o Flamengo no estAdio Maracana pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

A polêmica sobre a atuação da arbitragem no Campeonato Brasileiro ganhou mais um capítulo após a derrota do Palmeiras por 3 a 2 para o Flamengo no Maracanã. O zagueiro Gustavo Gómez acusou o árbitro Wilton Pereira Sampaio de ter “fechado” o microfone para criticá-lo durante uma conversa em campo. O Técnico Abel Ferreira endossou a declaração.

O sistema de áudio da arbitragem no Brasileirão

No entanto, fontes ligadas à arbitragem e à CBF consultadas pela nossa reportagem divergem da versão apresentada. Segundo ex-juízes e uma fonte da Confederação Brasileira de Futebol, o sistema de áudio utilizado nos jogos do Brasileirão não possui uma função que permita ao árbitro principal ligar ou desligar o equipamento durante a partida. Toda a comunicação é gravada e pode ser posteriormente divulgada, como acontece com os diálogos do VAR.

Existem relatos de que o árbitro poderia, em tese, tentar abafar sua voz com uma das mãos durante conversas com jogadores, mas não há evidências visuais concretas de que Wilton Pereira Sampaio tenha adotado essa prática específica na partida em questão.

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A versão de Gustavo Gómez e Abel Ferreira

Gustavo Gómez expressou sua frustração com a arbitragem, sugerindo uma perseguição ao Palmeiras. “Ele tem alguma coisa contra o Palmeiras, com o sucesso do Palmeiras. Fico triste com isso. Ele fechou o microfone para falar besteira para mim”, declarou o zagueiro paraguaio.

O capitão palmeirense também afirmou ter código de conduta e optou por não revelar o conteúdo exato da conversa, apenas indicando que Sampaio teria dito algo inapropriado. “Não vou falar o que ele falou, porque tenho código. Isso fica em campo. Tenho código. Isso fica só para mim e para ele. Se quiserem puxar as câmeras, imagens, onde ele fecha o microfone…”, completou.

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Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, corroborou a narrativa. “Eu com esse árbitro as coisas não têm funcionado muito bem, já me expulsou umas quatro ou cinco vezes, a forma como falou para os meus jogadores no fim, ele desligou o microfone. Mas enfim, temos todos que melhorar. Eu, meus jogadores, vocês e os árbitros também”, disse o português.

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Investigação e próximos passos

O Palmeiras informou que não fará mais comentários sobre o caso. A investigação sobre a possibilidade de o árbitro ter desligado o microfone ficará a cargo das entidades responsáveis pela arbitragem no futebol brasileiro, que analisarão as gravações e imagens disponíveis. A discussão reacende o debate sobre a transparência e o controle do trabalho dos árbitros no Brasileirão.

Fonte: Globo Esporte

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