Pesquisa: 9,3% satisfeitos com arbitragem no Brasil; 58% pedem profissionalização

Pesquisa revela baixa satisfação com arbitragem no Brasil: apenas 9,3% aprovam. 58% pedem profissionalização e mais transparência.

Uma pesquisa recente do instituto AtlasIntel revelou que apenas 9,3% dos torcedores brasileiros demonstram satisfação com a Arbitragem nacional. Deste percentual, 7,6% se declaram satisfeitos e 1,7% muito satisfeitos. A maioria expressiva, 46,2%, se encontra “muito insatisfeita”. O levantamento, realizado entre 6 e 10 de outubro, reflete o descontentamento geral após erros recentes e punições da CBF.

Pesquisa sobre a satisfação com a arbitragem no futebol brasileiro.

Nível de Confiança e Desempenho

O nível de confiança na Arbitragem brasileira é alarmante: 50% dos entrevistados consideram-na “nada confiável”, somando-se aos 27% que a classificam como “pouco confiável”, totalizando 77% de desconfiança. Além disso, 52,8% percebem uma piora no desempenho da arbitragem em 2025 em relação ao ano anterior, com apenas 14,6% notando melhora.

Gráfico da pesquisa sobre a arbitragem no Brasil.

Propostas para Melhoria

A necessidade de profissionalização total dos árbitros e assistentes é apontada como medida fundamental por quase 60% dos entrevistados. Outras demandas incluem a divulgação integral das decisões e intervenções do VAR (39,1%) e punições mais rigorosas para erros graves (37,6%). O preparo Técnico (27,4%) e a realização de entrevistas com árbitros para explicar decisões (20,3%) também foram mencionados.

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A CBF tem intensificado ações de treinamento, com a quinta concentração de árbitros em 2025 realizada na Granja Comary. A confederação estuda modelos internacionais, como o da Inglaterra, para a criação de um grupo piloto de Arbitragem até o final de 2026.

Análise dos problemas apontados na arbitragem brasileira.

Principais Problemas Apontados

Os torcedores identificam a falta de critérios (50,9%) e o possível favorecimento a clubes (50,3%) como os principais problemas da Arbitragem nacional. A falta de preparo técnico (34,1%) e a falta de transparência nas decisões do VAR (32,5%) completam as principais queixas.

Dados da pesquisa sobre os problemas na arbitragem.

Modelo Inglês e Transparência

A adoção de um órgão independente similar ao PGMOL (Professional Game Match Officials Limited) da Inglaterra é defendida por 71% dos entrevistados. Acredita-se que tal modelo aumentaria a transparência nas decisões e reduziria a influência política na CBF.

Um projeto de lei em Brasília tramita desde 2019 para estabelecer uma relação de emprego entre árbitros e organizações esportivas, com o senador Romário atuando na relatoria.

Representação visual de árbitros em campo.

Metodologia da Pesquisa

A pesquisa AtlasIntel ouviu 1.618 pessoas entre 6 e 10 de outubro, com margem de erro de 2%. O método de Recrutamento Digital Randômico (RDR) foi utilizado para coletar dados de forma anônima e representativa, assegurando um retrato fiel do público interessado em futebol.

Fonte: Globo Esporte

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