Marco Garcés, diretor esportivo do Celta de Vigo, concedeu uma entrevista detalhada onde abordou diversas questões relacionadas ao mercado de transferências e ao futuro do clube. Um dos nomes mais comentados foi o de Brais Méndez. Garcés confirmou que houve conversas envolvendo o jogador, mas ressaltou a inviabilidade financeira de uma negociação no momento.
Operação Brais Méndez era “cara, cara”
Garcés explicou que Brais Méndez era um sonho, mas que o alto custo salarial e a dificuldade em tirá-lo de sua atual equipe, a Real Sociedad, tornavam a operação inviável. “Foi mais um sonho. Estou a par de que houve conversas, falou com muita gente dentro do clube, mas comigo diretamente, não. Foi uma fantasia porque é um tema meramente salarial. Por que a Real Sociedad o deixaria sair? Seria uma operação cara, cara”, afirmou o dirigente.
Saída de Fer López e polêmicas com agentes
O dirigente também esclareceu a polêmica Transferência de Fer López, que ocorreu em junho. Segundo Garcés, o agente do jogador apresentou uma oferta vantajosa tanto para o atleta quanto para o clube, levando à aceitação do negócio. Ele refutou a ideia de que o jogador foi forçado a sair, afirmando que a proposta partiu do lado dele. Garcés também se pronunciou sobre a influência de agentes como Jorge Mendes, negando qualquer acordo ou encargo do Celta para trazer ofertas, e ressaltou que as escolhas de representantes são dos jogadores.
Outro ponto abordado foi a permanência de Starfelt, que esteve perto de sair. O Celta desejou sua permanência, e o jogador acedeu, sendo considerado importante para o Técnico Claudio Giráldez. A renovação de contrato de Alfon também foi um tema, com Garcés admitindo incertezas sobre o processo.
Mercado de transferências e “conservar o pastel”
Garcés defendeu o mercado realizado pelo clube, destacando a chegada de todos os reforços dentro do prazo e do orçamento. Ele utilizou a metáfora de “conservar o pastel” para descrever a dificuldade em manter o Elenco diante de propostas financeiras importantes, explicando que o foco era em montar uma equipe competitiva. O dirigente também comentou sobre a pressão social em torno das decisões do departamento esportivo.
A minha relação com Giráldez é bastante boa. Obviamente, sempre haverá fricções. Desde a primeira vez lhe disse, você tem que vigiar o curto prazo e eu, o longo. Isso vai trazer alguns conflitos, mas temos que resolvê-los como cavalheiros e sempre o conseguimos. Jamais tivemos qualquer tensão que acabasse em briga, não me atirou nenhum golpe. Levamo-nos bastante bem.
Marco Garcés
Relação com Giráldez e futuro de Garcés
Sobre sua relação com o técnico Claudio Giráldez, Garcés a descreveu como boa, apesar das naturais divergências entre o foco no curto e longo prazo. Ele admitiu que sua função frequentemente o coloca na posição de dar más notícias, mas que a relação tem sido bem conduzida. Quanto ao seu próprio futuro, Garcés confirmou o início das conversas para sua Renovação de contrato, que termina em breve, e mostrou otimismo quanto à sua permanência no clube.
Avaliação do trabalho e pressão sobre dirigentes
Garcés evitou avaliar seu próprio trabalho, deixando a cargo da diretoria. Ele expressou satisfação com a equipe de trabalho montada e o desejo de continuar no Celta, mas reconheceu a realidade do futebol moderno, onde a pressão social pode levar à substituição de diretores esportivos. Ele criticou a “moda” de demitir dirigentes com base na pressão social.
O dirigente também desmentiu a ideia de que o clube tenha vendido sua alma ao diabo com Jorge Mendes, explicando que a relação com agentes é mediada pelas escolhas dos próprios jogadores.
Fonte: AS España