O Arsenal encerrou uma sequência de quatro jogos sem Vitória na Women’s Super League (WSL) com um triunfo sobre o Brighton. O resultado alivia a pressão sobre a técnica Renée Slegers, apesar de uma performance que ainda demonstra a necessidade de aprimorar a pontaria.






Alívio e pressão para Slegers
A Vitória trouxe um suspiro coletivo de alívio no Emirates Stadium. Apesar de não ter sido a atuação mais convincente, o técnico Renée Slegers destacou a importância de conquistar os três pontos mesmo sem apresentar o melhor futebol. “Ainda assim conseguir a vitória quando não estamos no nosso melhor e não temos a melhor performance, isso foi o mais importante para nós hoje e foi a mentalidade que mostramos”, declarou Slegers. A treinadora, que teve seu cargo temporário tornado permanente em janeiro após conquistar o segundo título europeu do clube, vinha enfrentando questionamentos devido aos recentes resultados.

Momento de tensão e recuperação
A partida sofreu uma interrupção significativa após a marca de uma hora de jogo, devido a uma Lesão preocupante na cabeça da lateral do Brighton, Maelys Mpomé. A jogadora deixou o campo de maca e com máscara de oxigênio, após dez minutos de tratamento. O técnico Dario Vidosic confirmou que Mpomé sofreu uma concussão após uma bola na face, mas assegurou que a jogadora está bem. “A coisa importante é que os jogadores entram saudáveis e saem saudáveis. A atualização é que ela está bem, o que é ótimo de ouvir. Dedos cruzados para que ela fique bem”, disse Vidosic.
Apesar do susto, o jogo recomeçou. Quatro jogos sem vencer – incluindo dois empates e uma derrota na WSL, além de uma derrota para o Lyon na estreia da Champions League – aumentaram a pressão sobre Slegers. Investimentos feitos na janela de transferências, como a contratação de Olivia Smith, a primeira jogadora a ser negociada por £1 milhão, e o retorno de cinco campeãs europeias após o triunfo da Inglaterra na Eurocopa, elevaram as expectativas para a temporada.
Gol decisivo e controle de jogo
O gol que quebrou o impasse no Emirates Stadium foi originado por Olivia Smith, que teve sua finalização desviada por Marisa Olislagers, resultando em um gol contra que enganou a goleira Chiamaka Nnadozie. O Arsenal dominou a posse de bola, mas o Brighton se mostrou eficiente nas finalizações, acertando cinco chutes a gol contra quatro do Arsenal, apesar de um número muito menor de toques na área adversária (oito contra 40).

Após a lesão de Mpomé, o jogo perdeu um pouco de ritmo. No entanto, a cabeçada da substituta Stina Blackstenius, que raspou o travessão, reanimou a torcida e demonstrou a busca do Arsenal por ampliar a vantagem. A equipe segurou o resultado, mas Slegers reconheceu que ainda há trabalho a ser feito para consolidar a performance.
“O que fizemos muito bem na última temporada foi capitalizar nos momentos em que tínhamos o momentum e aceitar e sofrer nos momentos em que não tínhamos, e sempre encontrávamos uma maneira de voltar”, disse Slegers. “Essa tem sido uma força da equipe e isso não desapareceu. Às vezes as coisas simplesmente funcionam e às vezes não funcionam. É o mesmo quando a bola vai por dentro ou por fora da trave. Está sob nosso controle. Não estou dizendo que é sorte ou azar, mas isso é algo que talvez não esteja no mais alto nível no momento, mas sabemos que podemos fazer isso e talvez não precisemos perder isso.”
Fonte: The Guardian