A possível demolição do icônico San Siro, estádio que abriga Milan e Inter de Milão, ganhou um defensor influente. Christian Vieri, ex-atacante de ambos os clubes, celebrou a recente decisão de Milan e Inter em comprar o estádio da prefeitura por 197 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão), vendo-a como um passo crucial para a construção de uma arena moderna.
Vieri compara demolição com caso Wembley
Vieri argumentou que a cidade de Milão merece uma nova casa, citando o exemplo da demolição e reconstrução do Wembley entre 2002 e 2007. “Já era hora. Finalmente, teremos um novo estádio como a cidade de Milão merece”, declarou o ex-jogador, enfatizando a necessidade de instalações adequadas às demandas atuais do futebol e da sociedade. Ele acredita que um processo semelhante ao do antigo Wembley pode ser replicado na Itália.
A proposta das equipes milanesas prevê a demolição de 90% da estrutura atual para dar lugar a um novo estádio com capacidade para 71.500 torcedores. O plano inicial era que a nova casa estivesse pronta em 2027, mas questões legais e burocráticas, especialmente a autorização da Câmara Municipal, atrasaram o cronograma.
Novo prazo e ambição para a Eurocopa
Embora um novo prazo para a inauguração não tenha sido definido, a expectativa é que o estádio seja concluído em 2031, a tempo de ser palco da Eurocopa de 2032, que será sediada conjuntamente por Itália e Turquia. Vieri destacou a importância de ter um estádio moderno para sediar grandes eventos, como a Eurocopa ou uma final de Liga dos Campeões, considerando inaceitável que a cidade perca essas oportunidades por falta de infraestrutura adequada.
História do San Siro e a gestão compartilhada
O San Siro, originalmente construído em 1925 e inaugurado em 1926, testemunhou o primeiro clássico entre Inter e Milan, com vitória da Internazionale por 6 a 3. Inicialmente propriedade do Milan, o estádio passou a ser mandante também da Inter em 1947, após ser adquirido pela Prefeitura de Milão. Em 1980, o local foi oficialmente rebatizado como Giuseppe Meazza, em homenagem ao lendário ex-jogador que brilhou por ambos os clubes, conquistando duas Copas do Mundo com a seleção italiana. Embora Milan e Inter não possuam a propriedade legal do San Siro, eles são responsáveis pela administração e manutenção do estádio, em um modelo de gestão semelhante ao do Maracanã no Rio de Janeiro.
Fonte: Globo Esporte