O Brasil celebra um dia de grandes conquistas no Mundial de Atletismo Paralímpico em Nova Déli, na Índia. A quinta-feira (2) foi marcada por quatro medalhas de ouro e duas de prata, impulsionando o país na liderança do quadro de medalhas e solidificando o atletismo paralímpico brasileiro em destaque internacional.

Ouros Inéditos e Recordes Mundiais
Um dos grandes destaques do dia foi a medalha de ouro inédita de Maria Clara Augusto nos 400m T47, prova para atletas com deficiência nos membros superiores. Ela cruzou a linha de chegada com o tempo de 56s17, seu melhor pessoal, superando Anastasiia Soloveva e Jule Ross. A atleta já havia conquistado a prata nos 100m.
“Já esperava correr melhor que o tempo de São Paulo. O tempo todo eu vinha com o trabalho mental de: ‘você consegue, você treinou, é só continuar fazendo o certo’. E consegui fazer isso na pista. Foi muito trabalho, desde o ano passado que vinha trabalhando para bater a marca, com o trabalho do treinador, para melhorar cada vez mais. E vou colocar o desafio para ele, que é bater o recorde mundial dessa prova”, declarou Maria Clara.
No masculino, Bartolomeu Chaves confirmou seu favoritismo e conquistou o bicampeonato mundial nos 400m T37 (paralisados cerebrais), com o tempo de 50s13. Ele já havia vencido em 2024 e conquistado o bronze em 2023.
Antônia Keyla também subiu ao pódio em primeiro lugar, tornando-se campeã mundial pela primeira vez nos 1.500m T20 (deficiência intelectual). Seu tempo de 4min19s22 não apenas garantiu o ouro, mas também estabeleceu um novo recorde mundial na categoria.

Outro feito notável veio de Wanna Brito, no arremesso de peso F32 (paralisados cerebrais). Ela conquistou o ouro com um lançamento de 8,49m, estabelecendo também um recorde mundial. Wanna comentou a conquista: “Estou muito feliz. Dei meu máximo, meu braço está doendo até agora. […] Quando eu perdi nos clubs, eu fiquei meio triste, mas ainda tinha o peso, e eu sabia que ia dar certo. E deu certo. Hoje foi meu dia. Eu senti que ia dar bom. O club é uma prova mais de extremos. No peso, eu consigo fazer melhor, é um movimento mais fechado, menos instável. O recorde de 8,18m eu sabia que dava para fazer. A distância que eu alcancei hoje, eu nunca tinha feito. Foi a primeira vez. 8,49m eu nunca tinha feito.”
Mais Medalhas para o Brasil
As provas de campo renderam mais uma medalha de prata para o Brasil com Thiago Paulino no lançamento de disco F57 (atletas que competem sentados), com a marca de 45,69m. Na pista, Thomaz Ruan também garantiu a prata nos 400m T47 (deficiência nos membros superiores), complementando o forte desempenho brasileiro no campeonato.
O país segue mostrando sua força no cenário paralímpico internacional, com atletas alcançando pódios e quebrando recordes, demonstrando dedicação e excelência.
Fonte: LANCE!