Hearts Choca a Escócia: Clube Ameaça Quebrar Duopólio de Celtic e Rangers

Hearts surpreende na Escócia e ameaça o domínio histórico de Celtic e Rangers. Clube lidera a Scottish Premier League com boa vantagem.
Hearts Scottish Premier League — foto ilustrativa Hearts Scottish Premier League — foto ilustrativa

O Heart of Midlothian agitou a Scottish Premier League. Os ‘corazones’, que provocaram a demissão de Brendan Rodgers após a Vitória sobre o Celtic por 3 a 1, ameaçam o domínio de 40 anos de Celtic e Rangers. Desde a temporada 1984-85, quando o Aberdeen de Sir Alex Ferguson conquistou o título, apenas os ‘católicos’ (22 títulos) e ‘protestantes’ (18 títulos) dividem a supremacia.

A Nova Aposta de Tony Bloom

A estratégia de Tony Bloom, proprietário do Brighton, começa a mostrar resultados. Quando oficializou sua participação no Hearts neste verão, Bloom declarou: “Estarei muito decepcionado se não vencermos a Liga nos próximos 10 anos”. Ele ressaltou a importância de diversificar o domínio na liga, criticando a hegemonia de duas equipes, especialmente considerando os 13 títulos do Celtic nos últimos 14 anos.

Estaré muy decepcionado si no ganamos la Liga en los próximos 10 años

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Liderança Inesperada na Scottish Premier League

Surpreendentemente, o Hearts já lidera a Competição após nove rodadas, acumulando 25 pontos. A equipe abre uma vantagem de oito pontos sobre o Celtic e onze sobre o Hibernian. Rangers e Dundee United também sofrem com a ascensão do Hearts, com o Rangers tendo dispensado Russell Martin.

Chris Sutton, ex-Atacante do Celtic, comentou na ‘BBC’ sobre as chances do Hearts: “Acredito que o Hearts pode ganhar o título, realmente acredito. Em parte pela forma como contrataram, em parte pelo treinador, em parte pelo momento atual e em parte pela forma como Celtic e Rangers estão jogando. Além disso, eles não competem na Europa. Há muitos fatores a seu favor”.

Creo que el Hearts puede ganar el título, realmente lo creo. Hay muchos factores a su favor

Investimento e Estratégia de Contratação

O sistema de recrutamento baseado em estatísticas avançadas de Tony Bloom, também um jogador profissional de pôquer, continua a render frutos. Os 2,97 milhões de euros investidos em contratações como Cláudio Braga, Schwolow, Kyziridis, Findlay, McEntee, Kabore, Magnusson, Brochgrevink, Kerjota, Kabangu e Ageu já apresentaram um retorno significativo.

Bloom reconhece a importância da venda de jogadores para a sustentabilidade do clube: “Ficaria muito decepcionado se não houvesse muita demanda por jogadores do Hearts a longo prazo. É parte do ecossistema. Temos que vender e depois incorporar jogadores jovens”. O treinador Derek McInnes reforça que o sucesso não depende apenas de novos contratados: “Não dependemos totalmente das contratações. Elas nos ajudaram, mas em todos os jogos começamos com seis ou sete dos jogadores que já estavam aqui. Eu disse quando assumi o cargo que tínhamos bons futebolistas”.

Opiniões sobre o Título

Michael Stewart, ex-jogador do clube, avalia a situação: “O Hearts tem uma oportunidade maravilhosa de dar um golpe duro no Celtic. Ter uma vantagem de oito pontos após nove jogos é incrível. Conseguirão? Sendo realista, acho que não”. Neil McCann, também ex-jogador do Hearts, concorda: “Acho que todos fora do Old Firm dariam as boas-vindas a alguém mais ganhando o título”.

El Hearts tiene una oportunidad maravillosa de asestarle un duro golpe al Celtic. ¿Lo lograrán? Siendo realistas, no lo creo

Resiliência e Pontos Fortes do Hearts

O capitão Lawrence Shankland destaca a mentalidade vencedora do time: “Temos que nos acostumar a estar em posições de vitória, a vencer jogos com tanta consistência quanto estamos fazendo”. O Hearts tem demonstrado resiliência, com vitórias decisivas nos acréscimos, como no dérbi contra o Hibernian (1-0) e contra o Livingston (1-2), além de um empate emocionante após estar perdendo por 0-3 contra o Motherwell (3-3).

O desempenho em campo é impulsionado por diversos talentos individuais, como a habilidade de Cláudio Braga, os gols de Shankland, as diagonais de Kyziridis, a segurança de Schwolow no gol, o chute de longa distância de Milne e o poderio aéreo de Halkett e Findlay em lances de bola parada.

“Vemos o esforço dos jogadores, a união. Isso nem sempre é suficiente para ganhar jogos semana após semana, mas temos uma boa capacidade técnica”, afirma Derek McInnes. Independentemente de conquistarem o título, o Hearts reacendeu a paixão no futebol escocês, fora da órbita de Celtic e Rangers.

Fonte: Marca

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